Para o Vaticano, o Brasil continua sendo o país mais católico do mundo, com 182 milhões de seguidores da Igreja Católica. Os números oriundos da terra do Papa apontam que, neste cálculo, 85,8% dos 212 milhões de almas nestas terras de Cabral seguiriam os ritos daquela Igreja que, em 1853, tinha 99,8% de todos os brasileiros como adeptos. O problema, agora, é que o último Censo do IBGE, feito há dois anos, apontou que jamais na história deste país, como gosta de dizer o presidente Lula, houve um número tão menor de fiéis seguindo a liturgia da Igreja comandada hoje pelo Papa Leão XIV.
Pelo Censo, são 56,7% de católicos (mais ou menos 120 milhões de almas), enquanto o percentual de evangélicos deu um salto: perto de 48 milhões, que chegariam a quase 25%, segundo o Google. Em que números se deve acreditar? Os dados apontam que um em cada quatro brasileiros é evangélico, milhões deles bandeando-se da Igreja Católica, principalmente depois que ela ficou dividida entre os ritos tradicionais e as novas ideias da Teologia da Libertação, a inovação esquerdista dentro do catolicismo. O último Papa, Francisco, adepto da ideologia da Libertação, foi substituído agora por um Papa bem mais tradicional. Conseguirá o catolicismo trazer de volta todos os que o abandonaram?
Por que as religiões evangélicas cresceram tanto (mais de 12 milhões de novos adeptos em pouco mais de uma década)? Há várias hipóteses, obviamente iniciando pelo racha dos católicos entre direitistas e esquerdistas. A maior presença dos evangélicos no meio do povo, inúmeros projetos sociais, levando ajuda, educação, leituras bíblicas; o direcionamento para cooptar novos adeptos, incluindo, por exemplo, uma atuação destacada até dentro dos presídios, e o fato de os dogmas católicos serem ignorados certamente fazem parte do pacote. Os evangélicos poderiam até ser mais, não fosse a ganância de alguns dos seus líderes pelo dízimo dos fiéis.
Em Porto Velho, que pode servir de base para todo o Estado, o IBGE diz que há 40,45% de católicos e 38,66% de evangélicos. Empate técnico. Há também pouco mais de 1% de espíritas; 0,67% de seguidores da umbanda e do candomblé; 5,85% de outras religiões e, o que surpreende, 13% dos entrevistados na pesquisa não têm nenhuma religião. Mesmo em tempos de tecnologia, de redes sociais, de egoísmo individual e de transformações, as religiões tradicionais ainda têm imensos rebanhos de ovelhas. Quem sabe não é isso que ainda mantém a sociedade sobrevivendo a tudo o que de ruim nos tem cercado?
Raupp animado: nos Dinos, ele disse que até 15 de julho decide se vai concorrer ao Senado
Valdir Raupp vem aí? Ao participar do programa Papo de Redação, com os Dinossauros da TV, na SICTV/Rondônia, neste sábado, Raupp disse que até o dia 15 de julho anuncia sua decisão final, mas deixou no ar a vontade de disputar novamente uma vaga no Senado. Contando com o apoio de grupos que nunca o abandonaram e com uma cabo eleitoral de luxo — sua esposa, a ex-deputada Marinha Raupp — o ex-senador relutou muito, mas, ao final, deve confirmar que entrará mesmo na disputa em 2026.
Quinto governador eleito de Rondônia e senador até 31 de janeiro de 2019, Raupp sofreu uma das mais injustas campanhas que um político pode sofrer. Presidente nacional do MDB, ele foi acusado de ter recebido valores ilegais. Essa denúncia, que anos depois se mostrou totalmente falsa — já que ele foi considerado inocente de todo o processo — afetou radicalmente sua carreira, que estava em ascensão e que, certamente, o levaria a pelo menos mais um mandato no Senado.
O nome dos Raupp ainda tem muito peso em várias regiões do Estado. Um porto-velhense que participou de um encontro de produtores, recentemente, na BR-429, se surpreendeu quando chegou ao local, lotado de carros. Em muitos deles, observou que havia adesivos da ex-deputada Marinha Raupp, mesmo ela estando fora da política há muitos anos. Marinha não deve entrar na disputa, mas Valdir Raupp anda animado. Ele acha que, no atual quadro político, há espaço sim para buscar mais um mandato no Senado. Marinha Raupp não disputará a eleição do ano que vem.
Expedito chega aos 41 anos na política rondoniense e quer novo mandato na Câmara Federal
Há um personagem na política rondoniense que volta com muita força. Experiente, bom de diálogo, ele vem se movimentando desde a última eleição, percorrendo cada canto de Rondônia, reunindo-se com lideranças e, com a paciência de Jó, tentando conciliar interesses — o que, no mundo da política, é missão para especialistas. Expedito Júnior está de volta. Agora mais aliviado, depois que foi inocentado das acusações que o tiraram injustamente de um mandato no Senado, há quase 16 anos. Ele preside o PSD, partido que, na última eleição municipal, elegeu nada menos que sete prefeitos, cinco vice-prefeitos e em torno de 70 vereadores.
Em muitas dessas vitórias, teve o dedo de Expedito, mas também, com muita força, o do deputado estadual Laerte Gomes. O principal nome do partido hoje, quando se fala na sucessão estadual, é o prefeito Adailton Fúria, reeleito com mais de 83% dos votos. Expedito é o mediador da negociação entre Fúria e Cassol. Caso o ex-governador não possa disputar a eleição, vai apoiar Fúria, que se torna cada vez mais um nome muito forte para a sucessão de Marcos Rocha.
Quanto a Expedito, ele já se postou como pré-candidato à Câmara Federal. Ali, ele já teve três mandatos. Começou como vereador em Rolim de Moura, em 1984. Foi Constituinte em 1987, pelo MDB; teve novo mandato, pelo antigo PL, entre 1996 e 1999; e foi eleito pela terceira vez, cumprindo mandato entre 1999 e 2003, pelo PFL. Foi senador por dois anos, de 2007 a 2009, quando foi cassado. Tantos anos depois, foi considerado inocente de todas as acusações. Está voltando agora, comandando o PSD e buscando seu lugar novamente na Câmara. Há 41 anos na vida pública rondoniense, Expedito tem uma das mais longevas histórias da nossa política. E está firme e cheio de planos.
TRE de Rondônia reconta votos, mas posse de Fera no lugar de Lebrão ainda pode demorar
Nesta segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, atendendo decisão do TSE, vai fazer a recontagem dos votos da última eleição, excluindo os que foram dados ao deputado Eurípedes Lebrão. A única mudança que deve acontecer é que Lebrão vai perder sua cadeira e, nela, se sentará Rafael Fera, de Ariquemes. Contudo, a posse não será imediata. Lebrão e seu grupo conseguiram o aval da PGR para que o STF ainda analise recursos chamados de embargos de declaração, o que vai empurrar a decisão por algum tempo. Há ainda a possibilidade de que o assunto, por eventuais pedidos de vista de algum ministro, possa se prolongar por pelo menos 90 dias, segundo informou a este blog um aliado de Lebrão.
No outro lado da moeda, o grupo que quer ver Fera deputado conta com a certeza de que a batida do martelo para a posse dele vai acontecer ainda este mês. Diretamente, a decisão do TRE rondoniense não determina a posse de Rafael Fera, mas apenas legaliza uma situação que se adequa à decisão do TSE de mudar as regras do jogo da eleição durante o mandato.
Junto com Lebrão, deverão perder seus mandatos uma maioria de parlamentares de oposição ao governo Lula: Sonize Barbosa, do PL do Amapá; a combativa indígena Sílvia Waiãpi, do PL do Amapá; Gilvan Máximo, do Republicanos do Distrito Federal; e Lázaro Botelho, do PP de Tocantins. Da base aliada, sairão também a professora Goreth, do PDT do Amapá, e Dr. Púpio, do MDB, também do Amapá.
Vinicius Canova, do “Informa Rondônia”, recebeu mais um prêmio por sua atuação no jornalismo
O repórter Vinicius Canova, filho dos também jornalistas Sérgio Pires — este velho escriba — e Lisete Canova, recebeu o Troféu Fenacom durante o programa Manchetes do Dia, no canal 5.3. A entrega foi feita pelo presidente estadual da entidade, Chico Holanda, e anunciada por Fábio Camilo, dirigente nacional da federação. A homenagem reconhece os 15 anos de atuação de Canova, iniciados na Folha de Rondônia, passando por O Observador e consolidando-se no Rondônia Dinâmica. Em 2024, Vinicius Canova fundou o Informa Rondônia com Yan Simon. O site virou referência na cobertura política e investigativa, mantendo produção constante e sem apoio governamental.
O comunicador já venceu três vezes o Prêmio de Jornalismo do MP de Rondônia, com reportagens sobre improbidade, a ponte de Ji-Paraná e o papel da imprensa na fiscalização do poder. Ao agradecer, citou Simon, o advogado Samuel Costa, Rostand Agra e Everaldo Fogaça. “Esse troféu renova nosso compromisso com a informação de qualidade. Seguimos com coragem, seriedade e responsabilidade.”
Vinicius Canova é reconhecido não só por sua dedicação ao jornalismo, como também pelos brilhantes textos que escreve. Leitor voraz desde a infância, ele aprendeu as lidas da redação em dezenas de livros, incluindo clássicos da literatura. Quando se lê suas escritas, o que se ouve é algo como: “veja só que texto belíssimo. Só podia ser do Vinicius!”
Lanchas para salvar vidas dos ribeirinhos: Cristiane entrega as primeiras três de um lote de nove
Os ribeirinhos de Porto Velho ganharam mais um importante apoio nesta semana. Através de emenda da deputada federal Cristiane Lopes, foram entregues três das nove voadeiras à saúde pública municipal, para atendimento às populações mais distantes ao longo do rio Madeira. As lanchas foram a atração da semana, colocadas em frente ao prédio do Relógio, da Prefeitura, onde houve a solenidade de entrega, com a presença de Cristiane, do prefeito Léo Moraes e do secretário de Saúde Jaime Gazola, entre outras autoridades e convidados.
Léo Moraes agradeceu à deputada pelos mais de cinco milhões de reais em emendas destinadas por ela à saúde pública porto-velhense. “Essa entrega representa muito para quem vive longe do perímetro urbano. As voadeiras vão garantir agilidade e qualidade de vida. Agradeço à deputada Cristiane pela parceria e sensibilidade com a nossa população ribeirinha”, registrou o prefeito.
Cristiane destacou, no evento, que em seu mandato já destinou mais de 45 milhões de reais em emendas para fortalecer a saúde em Rondônia, contemplando a capital e o interior. Em Porto Velho, os recursos estão sendo aplicados na construção da UBS do Caladinho, na reforma de outras unidades e na estruturação da atenção especializada. Jaime Gazola, o titular da Semusa, agradeceu, afirmando que “a redução no tempo de transporte pode chegar a duas horas. É um ganho imenso para a saúde pública e para salvar vidas.”
Governo perde um parceiro fiel e os Rocha, um amigo de longos anos, com a morte do coronel Raulino
A morte do coronel Raulino afetou o governador Marcos Rocha pela perda de um assessor competente e fiel. Afetou-o ainda mais pessoalmente, pois ambos tinham uma amizade de décadas. Como secretário-geral de governo, com sua disciplina militar e uma visão política aguçada, Raulino era uma espécie de barreira de proteção ao chefe e amigo, livrando o governador de chatos, incômodos e de assuntos que poderiam ser resolvidos em outras instâncias. Na PM desde 1983, rondoniense da gema (era de Guajará-Mirim), o coronel ascendeu a todos os postos dentro da corporação.
Quando Rocha chegou ao governo, fez questão de chamá-lo entre os primeiros assessores de primeiro escalão. Durante os últimos anos, o coronel Raulino foi um importante membro do grupo palaciano. Era silencioso, mas dedicado e fiel. Marcos Rocha sentirá muita falta do assessor, mas muito mais do amigo. A perda de uma pessoa tão próxima causou comoção não só no governo, mas também na família do governante. “Perdi um irmão, um amigo. Raulino foi um presente de Deus na vida”, desabafou Marcos Rocha ao comentar a morte de seu inesquecível parceiro.
Na quinta-feira passada, enquanto se vestia para sair, o militar foi acometido por um forte ataque cardíaco. Sua esposa só notou que ele estava demorando para sair do quarto alguns minutos depois. O encontrou já prostrado. Levado com a maior rapidez ao hospital, faleceu horas depois. Uma série de homenagens, notas oficiais, comentários nas redes sociais e outras manifestações deixaram claro que o coronel Raulino passou pela vida cercado de amigos e admiradores. Sua morte, aos 68 anos, enlutou Rondônia.
Bomba deixada em ação contra garimpo ilegal mata um no Amazonas. Aqui, artefatos não explodidos assustam
Embora oficialmente não confirmem as informações, tanto o Exército quanto a Polícia Federal têm ouvido protestos de garimpeiros e lideranças do setor sobre o perigo que existe quando, nas operações que realizam, deixam artefatos explosivos nas dragas e balsas. Nesta semana, em Manaus, um homem morreu ao tentar chegar à sua balsa semidestruída para pegar algum objeto, quando houve uma explosão que o atingiu em cheio. O fato ocorreu numa área de garimpo considerada ilegal pelas forças de segurança, em Jurupá, cidade localizada a 740 quilômetros de Manaus.
A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu logo depois. Pouco antes da explosão, o homem agradecia a Deus por ter conseguido encontrar a balsa que não havia sido totalmente destruída. Informações da região indicam que uma operação conjunta da Polícia Federal e do Exército Brasileiro atuava contra o garimpo ilegal, com destruição de equipamentos usados para mineração clandestina. O vídeo pode ser assistido pelo link: https://d24am.com/amazonas/video-mostra-homem-que-morreu-em-explosao-se-despedindo-de-amigo-no-am/.
Em Rondônia, a advogada Tânia Sena, líder dos garimpeiros da região, tem protestado seguidamente contra o uso de explosivos nas ações policiais. Há muitos casos em que bombas e outros artefatos não explodem, deixando todas as pessoas próximas em perigo. Vídeos e fotos desses artefatos já foram divulgados pela advogada e por outras pessoas nas redes sociais. Nem o Exército, nem a PF ou o Ibama se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.
Um exemplo de como se impor a verdadeira justiça: assassino é condenado a 98 anos de prisão
Ah, que bom seria se a Justiça brasileira fosse sempre feita como no caso do psicopata e assassino Paulo Cupertino, que, por nada, matou o jovem ator Rafael Miguel e seus pais, João e Miriam, quando os três foram à casa dele pedir autorização para que Rafael namorasse sua filha. O crime aconteceu há seis anos e chocou o país. O bandido, matador frio, foi condenado a 98 anos de prisão, embora, lamentavelmente, deva cumprir apenas 27 anos, pelas trágicas e doentias leis brasileiras que protegem gente desse tipo. Cupertino foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas).
Ele deve passar todo o período da prisão em regime fechado, sem progressão — sentença que deveria ser aplicada a tantos outros facínoras que são tratados como gente boa e, ainda por cima, têm o privilégio de não serem chamados de presidiários, mas sim pela ridícula expressão “reeducandos”. Parece piada, mas infelizmente não é.
Essa aí é a parte do Judiciário que ainda não vive sob as ordens do ativismo judicial, aparelhado para ser usado como instrumento político. Como ensinou a história bem antiga: “à Justiça, o que é da Justiça.” Significa que juízes, magistrados e tribunais não fazem política, apenas Direito. A Justiça não fecha os olhos porque é inconveniente, nem persegue porque é conveniente. Não obedece ao poder, nem às maiorias, seja para punir, seja para esconder. A Justiça é, ela própria, um poder: soberano, independente e imparcial. Infelizmente, no Brasil, para boa parte dos magistrados, esses ensinamentos tornaram-se inócuos e apenas frases feitas. Lamentável!
Perguntinha
Alguém aí pode ajudar nossos velhinhos, informando a eles onde podem receber informações seguras — já que o assunto praticamente desapareceu da grande mídia parceira do governo — sobre como e quando poderão ser ressarcidos do maior roubo da nossa história, praticado contra suas parcas aposentadorias?