Há muitos brasileiros injustiçados no 8 de Janeiro. Entre eles, um rondoniense em especial. William Ferreira, conhecido como “O Homem do Tempo” entre nós, por seu trabalho ao longo dos anos para sites (principalmente um dos principais do Estado, o Rondoniaovivo) e redes sociais, está preso há onze meses. Preso numa operação policial logo após os eventos de vandalismo, que o governo Lula e o STF transformaram em tentativa de golpe de Estado, embora não tenha sido disparado um só tiro e nem se registrado uma só vítima, William é um preso, como tantos outros, sem acusação formal. Sua família também foi condenada, já que seu soldo como aposentado da Polícia Militar está interditado, também não se sabe exatamente o motivo, desde que ele foi preso. Mais que isso: detido no quartel da PM, William está doente e inclusive corre risco de morte. Os pedidos para que responda aos crimes que ele não sabe quais são em liberdade, têm sido negados pelo ministro Alexandre de Moraes, aquele mesmo que já imputou penas de 14 anos de prisão a senhoras e homens com passado ilibado, mas que estavam nas manifestações de destruição em Brasília. Dias atrás, a deputada federal Cristiane Lopes fez um pedido formal ao STF, para a soltura de William. Obviamente não foi atendida, porque nada mudou na situação dele como prisioneiro. Seu advogado tem alertado ao Supremo sobre o frágil estado de saúde de seu cliente e o risco de vida que ele corre. Nesta sexta, William teve que ser internado às pressas, porque está cada vez pior de saúde. O 8 de janeiro fez, até agora, só uma vítima: Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu durante um banho de sol na Papuda, muitos dias depois da Procuradoria ter pedido sua libertação, exatamente porque criava risco de vida. William, o Homem do Tempo, está trilhando o mesmo perigoso e mortal caminho.
William chegou a ter alguma popularidade em Porto Velho, principalmente. Chegou a concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas ficou longe de se eleger. No 8 de janeiro, estava em Brasília e relata que apenas fez a cobertura jornalística do evento que foi transformado num acontecimento grave, a tal ponto de tentar colocar todos os presentes na Capital Federal naquele dia como criminosos. Dos mais de 1.400 que foram presos, restam ainda algumas dezenas na cadeia. William, que ainda não sabe quais os crimes que cometeu, para poder se defender, é um deles. E corre risco de morte!
POLICIAIS TIRAM DINHEIRO DO PRÓPRIO BOLSO PARA IMPRIMIR PANFLETOS PEDINDO QUE POPULAÇÃO DENUNCIE BANDIDOS
Um helicóptero circulava sobre os prédios do conjunto habitacional popular Morar Melhor, apenas um dos que, junto com vários outros, na Capital, estão sob o domínio do medo. São áreas controladas por bandidos de diferentes facções, que tomaram a população como refém e praticam os mais temidos atos, inclusive matando quem os contrariar. No helicóptero, um PM jogava pequenos e poucos panfletos, pedindo que os moradores denunciem criminosos, ligando para o 190. A ação teve algumas nuances cheias de criatividade e um exemplo de cidadania, dada pelos próprios policiais, que executaram a ação. Eles tiraram dinheiro do próprio bolso, para imprimir uma centena de panfletos, que seriam jogados sobre os prédios e, obviamente, seriam recolhidos pelos moradores. A tática assustou alguns membros das facções, que tentaram escapar, mas foram pegos nas barreiras. Pelo menos três deles foram pegos, além da apreensão das armas, incluindo um fuzil AK 47. A utilização dos panfletos jogados via aérea, aconteceu depois que os bandidos usaram as redes sociais para ameaçar moradores que dessem qualquer informação à polícia, sobre eles. Nessa semana, a estrutura de segurança pública, comandada pelo Coronel Vital, conseguiu resultados bastante positivos contra o crime. Agora, só falta mudar as leis de proteção aos bandidos, que os coloca nas ruas pouco tempo depois, mesmo alguns sendo presos terceira ou quarta vez.
UMA REUNIÃO DE ALTO NÍVEL SOBRE O ASFALTO NA BR 319, PARA MARCAR UMA NOVA REUNIÃO PARA DISCUTIR O ASFALTO NA BR 319
Se alguém disser que Rondônia não foi prestigiada, estará cometendo grande injustiça. Personalidades do primeiro time do Ministério dos Transportes e do Dnit nacional, vieram em peso para reunião com lideranças locais, na sede do órgão, em Porto Velho, para discutir a questão do asfaltamento da BR 319. Os representantes do governo federal foram extremamente atenciosos, excelentes ouvintes, aceitando tranquilamente até comentários um pouco mais duros dos rondonienses, explanaram os planos sobre o futuro da rodovia com competência e entusiasmo. Um encontro que durou horas, com resultados bastante satisfatórios. Então onde está o furo? Ora, está no remédio: a empurroterapia. Ou seja, tudo vai dar certo, tudo vai funcionar um dia, todos seremos felizes e andaremos de mãos dadas, comemorando o asfalto na BR 319, mas, claro, não agora. Quem sabe um dia? A ironia cabe, na medida em que, dentro do governo, forças poderosas, lideradas pela ministra Marina Silva, estão aliadas às ONGs internacionais, para impedir que a BR seja realmente reasfaltada, como a população de toda a Amazônia espera há décadas. O que ocorreu em Porto Velho foi uma reunião para marcar nova reunião, quando então será agendada uma pauta para a agenda de uma…nova reunião. Há, contudo, muitos otimistas que acham que agora as coisas vão andar e o asfalto vai mesmo chegar. Tomara que eles estejam certos!
FIM DO RALLY NO PEQUENO TRECHO ANTES DESTRUÍDO DA BR 364, EM ITAPUÃ. OBRA DEFINITIVA ESTÁ NA RETA FINAL
Enquanto a situação da BR 319 depende da política ambientalista e dos grandes interesses internacionais, no que depende apenas do Dnit local, as notícias são bastante positivas. Uma das obras em rodovias mais esperadas dos últimos anos, pelo que representou de ruim para o Estado, entra na reta final e com solução definitiva. Trata-se dos acessos – trecho de entrada e saída – de Itapuã do Oeste. Ali, motoristas dos pesados caminhões e de todos os tipos de veículos, tinham que enfrentar um verdadeiro rally, para enfrentar pedaços destruídos da BR 364, muitos deles engolidos pelo barro no inverno amazônico ou pela poeira do verão. Durante vários anos, houve uma série de tentativas de resolver o problema, mas, é óbvio, isso nunca aconteceu, apesar da gastança e dos esforços despendidos. Quem atravessava a cidade, saía dela com a pior das impressões viesse na direção de Porto Velho ou se dirigisse para o centro do Estado ou o extremo sul. Agora, a história é outra. A própria equipe do Dnit, sob responsabilidade do engenheiro Emanuel Nery, designado para a missão pelo superintendente André Lima, acompanha cada passo da obra praticamente todos os dias. Está sendo um serviço muito pesado, com grande movimentação de terra e muita drenagem. Parte do novo asfalto já foi colocado e em breve tudo estará concluído, para nunca mais se repetir as cenas dantescas de motoristas desesperados, lutando para ultrapassarem as barreiras de um pequeno trecho da BR 364. Isso, em breve, vai ficar no passado.
CHRISÓSTOMO, MAIS UM QUE AVISA QUE ESTARÁ NA BRIGA PELA PREFEITURA DE PORTO VELHO, EM OUTUBRO
Mais um! O Coronel Chrisóstomo está avisando: “me incluam dentro dessa lista!”. O deputado federal do PL, reeleito, está colocando seu nome no extenso pacote dos que pretendem disputar a cadeira de Hildon Chaves, na eleição de outubro próximo. Diz o Google sobre ele: “Chrisóstomo de Moura, também conhecido como Coronel Chrisóstomo, é um político e militar brasileiro, filiado ao Partido Liberal. Nas eleições de 2018, foi eleito deputado federal pelo estado de Rondônia com 28.344 votos”. Mesmo com uma votação menor em 2022 (24.406 votos) ele conseguiu a reeleição, sendo o quinto mais apoiado pelos eleitores, entre os oito que compõem a bancada federal. Chrisóstomo se soma a mais de uma dezena de políticos, homens e mulheres, que também estão na condição de pré-candidatos. Já estão na lista Mariana Carvalho, Fernando Máximo, Marcelo Cruz, Léo Moraes, Williames Pimentel, Mauro Nazif, Vinicius Miguel, Fátima Cleide, Dra. Flávia Lenzi, Breno Mendes e Pimenta de Rondônia. Obviamente que poderão surgir outros pretendentes, assim como no andamento das conversações políticas e as tradicionais depurações, a relação final ficará emagrecida. Por volta do final de março, se saberá com mais certeza quem vai e quem não vai estar na disputa.
DISPUTA PELAS 23 CADEIRAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO VELHO EM OUTUBRO, PODE TER MAIS DE 300 CANDIDATOS
Enquanto se fala muito mais na eleição para Prefeito, haverá outra disputa, também muito acirrada e muito mais concorrida, com um número que pode bater nos 300 pretendentes, todos querendo ocupar uma das 23 cadeiras da Câmara Municipal de Porto Velho. Serão a partir da posse deles, em janeiro de 2025, duas vagas a mais do que as atuais 21 cadeiras. Atualmente, a Câmara é composta por Márcio Pacele (atual presidente), Edwilson Negreiros (ex-presidente), dois dos nomes mais quentes na busca de mais um mandato. Na longa nominata, há outros com chances reais de se manterem em suas cadeiras. É mais que um palpite, mas uma possibilidade real, pelo resultado do trabalho feito e pelo espaço que ocuparam na mídia, nos últimos anos, além de nichos importantes do eleitorado municipal. São eles: Elis Regina, Aleks Palitot, Macário Barros, Everaldo Fogaça e Dr. Gilbert, mas claro, destacaram-se também personagens como Márcia Socorrista, Marcelo Reis e Márcio Oliveira. Os demais vereadores atuais também estão na parada, querendo se manter no legislativo municipal ou até alavancar suas carreiras na política, vislumbrando novos horizontes. No caminho deles, pelo menos duas centenas e meia de novatos e nomes conhecidos, querendo tomar-lhes a cadeira. Como sempre, na hora do resultado final, aparecerão algumas surpresas, com a eleição de um ou dois personagens que poucos acreditavam que chegariam à vitória.
INVESTIMENTOS SUPERAM OS 40 MILHÕES DE REAIS EM 34 OBRAS QUE ANDAM SIMULTANEAMENTE EM TODAS AS REGIÕES DO ESTADO
Hospital de Guajará Mirim avançando dentro do novo cronograma de obras. A nova e definitiva ponte sobre o rio Jamari, ligando Alto Paraíso à BR 364, está prestes a ser inaugurada e já permite a travessia provisória de motos e pequenos veículos. Os primeiros 70 quilômetros de asfalto da Estrada do Boi, que reduzirá em 100 quilômetros a distância do Cone Sul do Estado à região da Capital, estão entrando na reta final. As obras do Hospital de Urgência e Emergência, o Heuro (terceirizadas), recomeçando em Porto Velho. Tudo isso faz parte de um pacote de 34 obras, que estão em andamento simultâneo, algumas na fase inicial, outras mais adiantadas e outras praticamente prontas, realizadas pelo Governo do Estado em Rondônia. O investimento total supera 40 milhões de reais. O governador Marcos Rocha, que reassumiu o comando após um curto período de férias, tem destacado o grande volume de investimentos que o Estado tem feito em todas as regiões e em todos os municípios. Muitas dessas obras fazem parte do programa “Governo na Cidade”, em parceria com as Prefeituras, com recursos oriundos dos cofres estaduais e também através de emendas parlamentares. Rocha ressalta que os programas de mais obras serão ampliados neste ano, assim como os pesados investimentos em todas as áreas que representam desenvolvimento para Rondônia.
CACOAL É UMA DAS 80 CIDADES BRASILEIRAS QUE CONSEGUIRAM IMPLANTAR A TARIFA ZERO NO TRANSPORTE COLETIVO
Cacoal é a única cidade rondoniense onde o transporte público é gratuito. Ela integra o grupo de aproximadamente 80, entre as 5.570 prefeituras brasileiras, que conseguem oferecer este serviço sem custo para o usuário. O prefeito Adailton Fúria implementou um período de teste principalmente na área central, mas o experimento foi bem-sucedido e agora o serviço de ônibus com tarifa zero se estendeu para dez bairros da cidade. Em Cacoal, os ônibus são circulares, equipados com acessibilidade, ar-condicionado e design específico para eficiência no trânsito urbano. Novos veículos foram entregues em um evento liderado por Fúria, com a participação ativa do deputado estadual Cássio Gois, que deixou o cargo de vice-prefeito para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa. Gois tem sido um apoiador importante do seu ex-colega de administração municipal, investindo recursos significativos de suas emendas para obras e serviços em Cacoal. Desde o início, ele foi um parceiro essencial na implantação do serviço de tarifa zero no transporte coletivo da cidade. Segundo o deputado, “Cacoal vai na contramão das tarifas de transporte público praticadas no Brasil, que se tornaram onerosas, especialmente para quem depende do salário mínimo, chegando a comprometer até 20% do rendimento de quem ganha menos no nosso país.” Obviamente, o custo da tarifa zero será custeado pelo contribuinte.
DALLAGNOL VOLTA A DISPUTAR UMA ELEIÇÃO, CASO O TSE NÃO ENCONTRE UMA FORMA DE IMPEDIR QUE ELE CONCORRA EM CURITIBA
Com seus direitos políticos preservados (embora, no atual momento de insegurança jurídica, isso possa mudar por alguma futura decisão dos ministros do TSE), o ex-procurador da Lava Jato, transformado em vilão por seus então colegas procuradores e pelo tribunal superior que comanda as eleições no país, vai retornar às urnas. No Partido Novo, sigla que faz forte oposição ao atual governo socialista do Brasil, Deltan Dallagnol foi escolhido como pré-candidato à Prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro. Obviamente, as mesmas forças que se mobilizaram para que seu mandato como deputado federal, conquistado nas urnas, fosse cassado, não pouparão esforços para impedir sua candidatura. Com votação recorde para deputado federal no Paraná (sendo o mais votado, com 344.917 votos), Dallagnol surge como o principal nome para a corrida eleitoral, embora o atual prefeito, Rafael Greca, possa concorrer a um segundo mandato e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, um nome forte da esquerda, também possa entrar na disputa. Grande parte do eleitorado curitibano, que votou maciçamente no ex-comandante da Lava Jato, certamente não concordou com a cassação, ocorrida em tempo recorde, e tende a apoiar novamente o ex-deputado. Desde que, claro, o TSE não encontre alguma maneira de impedir sua candidatura.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, qual dessas é a maior e mais importante obra, entre as que estão sendo construídas em Rondônia: o futuro Heuro, o conserto definitivo da BR 364 em Itapuã, o hospital de Guajará Mirim ou o asfaltamento da Rodovia do Boi?
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