Bancos de areia visíveis, níveis reduzindo drasticamente dia a após dia. O cenário, causado pela forte estiagem em Rondônia, ainda aliado com o aquecimento global, tem forçado o principal curso d´água do estado apresentar um dos seus piores níveis da sua história.
Autoridades alertam para a diminuição das águas do Madeira, com impacto direto no abastecimento da capital e na navegação. Nesta sexta-feira 6/10, a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais [CPRM], trouxe um novo detalhamento acerca do manancial. Com 1,19 metros, o Madeira já apresenta nível suficiente que o classifica em estado de emergência.
A informação é que o documento com a solicitação já fora enviado para o gabinete do prefeito Hildon Chaves. Cabe ao chefe do Executivo assinar a medida nas próximas horas. Com a assinatura do decreto, os recursos emergenciais pelo Governo Federal cheguem com precisão para as populações atingidas.
Na Amazônia, a seca atinge, principalmente a população ribeirinha que tem na pesca a sua principal fonte de alimento. A Defesa Civil de Porto Velho, informou que pelo menos [30 famílias foram assistidas] com o recebimento de água potável e ‘solução’ para o tratamento d’água.
Na Região Norte, estudos do Governo Federal indicam que a estiagem deva atingir ao menos 500 mil pessoas, nos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. Em Rondônia, a seca do rio Madeira forçou desde o domingo1/10, a paralisação dos serviços de geração de energia pela Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
De acordo com a CPRM, “a região Amazônica está passando por um processo de seca severa, com chances de seus efeitos e impactos serem repercutidos em 2024, em razão do processo de El Niño, que provavelmente atingirá seu ápice ao final de 2023, impactando o período chuvoso na região e possivelmente resultando em anomalias negativas de precipitação na região Amazônica”.