Por Marquelino Máximo
O arquétipo do desdém surge do inesperado ato da abnegação humana do ser do ente. São muitas as teorias que surgem depois da balbúrdia feita com os entes esquecidos, e a partir dai as colunas que erguem as doutrinas da esfera do poder corretivo, começam a se achar o bicho da goiaba encarnada.
Além da queda, o coice. A batida da palmatória se revoltou contra o seu criador e veio exatamente de encontro aos que labutam no dia a dia na árdua tarefa de educar a nação. Os donos das palmatórias coercitivas agora são outros, eles são de outro poder, e já chegam acuando todo mundo, como se fôssemos os verdadeiros culpados dos anátemas sociais da vida.
CÓPIA APÓS O ORIGINAL PERDIDO, BATTAGLIA DI ANGHIARI DE LEONARDO DA VINCI, DE RUBENS (C. 1603). AFRESCO ORIGINAL NO PALAZZO DELLA SIGNORIA EM FLORENÇA, EXECUTADO EM 1504-1505 E DESTRUÍDO POR VOLTA DE 1560.
O mais interessante é que o arquétipo do desdém se quer nos orientaram como agir diante da malevolência humana, depois chega com a capa protegendo as costas, com o chapéu protegendo a cabeça, com a máscara protegendo os olhos, com as ferraduras protegendo os cascos, com a estrela brilhando no peito e os arreios guiando a marcha em direção à massa excluída.
Depois da operação cascão veio o chicote do sermão comendo de esmola. Vixe! Eu quase escrevi o código certo. Mas não tem nada não, com certeza eles entenderão o fio da meada. Opa! Quase escrevi o segundo código. É melhor parar por aqui, senão a peia come. Na verdade, o mais importante é agente saber que os remédios só aparecem com a fera depois de morta.
Marquelino Santana é doutor em geografia, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas, Modos de Vida e Culturas Amazônicas – Gepcultura/Unir e pesquisador do grupo de pesquisa Geografia Política, Território, Poder e Conflito da Universidade Estadual de Londrina.