Por Marquelino Santana
O processo de ensino – aprendizagem não produz sons cacófatos aos ouvidos de quem verdadeiramente ama a escola. A unidade escolar nunca foi e jamais será uma espécie de cadafalso, patíbulo ou infortúnio do conhecimento.
A escola liberta e nos ensina a superar qualquer tipo de calvário ou calabouço causticante da cotidianidade da vida humana. Não é provocando celeumas nem ceifando vidas que conquistaremos o exercício pleno de cidadania e não é negando o saber que construiremos os degraus que nos leva ao tão sonhado berço da democracia planetária.
Na escola não há espaço para a delinquência, não há lugar para atos delituosos, não há abertura para a derrocada humana e não há caminhos tortuosos para promover o descalabro e a dor.
Essa dor que desonra a decência
Fere a alma, destrói a vida e o lar
Faz uma mãe de joelhos chorar
E um pai conviver na penitência
Faz a moral do país ir à falência
E a nação sepultar os seus valores
Faz a escola, perder atores e escritores
Médicos e outros profissionais
Faz os presídios, se encherem de marginais
E os cemitérios se enfeitarem flores
Na escola não promovemos discrepância ou devassidão, não promovemos estereótipos ou estigmatizações, não promovemos o embuste ardiloso da empáfia e não promovemos o enclausuramento discrepante do imaculado ato do saber.
O nosso amor pela educação é verdadeiro e genuíno, e jamais seremos adeptos do escárnio social e de comportamentos esdrúxulos que causam o esfacelamento e o espólio estapafúrdio da alma.
Do amor seremos sempre atores
Em defesa dos direitos das crianças
Garantindo-lhes seus sonhos e esperanças
Atenuando seus fracassos e suas dores
Os adolescentes serão na vida vencedores
Sem precisar de amanhã serem condenados
A família não terá filhos assassinados
Vítimas de um desfecho caduco e violento
Não queremos um lar de lágrimas e de lamento
Nem o cortejo de estudantes sepultados
Marquelino Santana é doutor em geografia, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas, Modos de Vida e Culturas Amazônicas – Gepcultura/Unir e pesquisador do grupo de pesquisa Geografia Política, Território, Poder e Conflito da Universidade Estadual de Londrina.