Por Anderson Nascimento
Coluna Direto da Redação
Do outro lado da linha alguém desesperado, pois acabaram de atirar em um homem, mulher e criança. O Samu chega com brevidade nos locais. A correria louca no trânsito, o barulho ensurdecedor da ambulância pedindo passagem e o médico dizendo a seguinte frase: ele (a) não resistiu.
Em uma semana, a violência reinou. Ainda há famílias em luto, que agora sente a culpa e se pergunta em qual momento erraram. Do outro lado, o medo e o barulho de tiros ainda soa na mente daqueles que lamentavelmente presenciaram a cena horrível de outro ser humano agonizando ao solo, implorando por socorro.
Criminosos com vasta ficha criminal. Inocentes no meio deste arraial e vidas que se perderam. Nisso, até uma criança guardará para o resto de sua vida e corpo, as cicatrizes da violência.
A nossa segurança pública, que tem homens e mulheres de honra, se preparam para mais uma jornada, que apenas Deus sabe o que lhes reserva. A oração é sempre a mesma, que haja livramento para todos.
Operações são realizadas. Na chegada do comboio aos locais de onde o crime sempre acontece, giroflex alertam os bandidos que a presença policial está bem próxima. Receosos, eles buscam justamente a fuga, em meio a densa mata, e de lá, só retornam quando não há mais vestígios.
Não adianta. Nós alertamos lá atrás, que os condomínios residenciais, sem a presença do Estado, se tornariam uma favela vertical. E assim, quase que todas as vezes, a polícia vai lá, enxuga gelo e alguém se beneficia com isso. É aquela frase final do filme Tropa Elite: ainda vai morrer muito inocente.