Bacia do Rio Purus, AM – Com modo e preparo ensinado por criados pôr seus antepassados, jovens e adultos desta parte da Amazônia Ocidental Brasileira apostam na manutenção de suas tradições voltadas à gastronomia nativa regional.
A maioria da população apresenta vocação às atividades econômicas voltadas a pequenos negócios extrativistas, ao comércio atacarejo (atacadista e varejista) de estivas em geral e alimentação em locais públicos ainda não formalizados pelo município.
Um dos setores mais visíveis desse ramo é a figura dos pequenos vendedores de banana de fritar (espécie Pacovã e Pacovi), batata frita salgada e doce ao leite condensado, churrasquinho de carne, peixe e caldo de feijão com charque em cubos. Além de guloseimas e lanches rápidos que podem ser degustados com sucos de polpas de frutas tropicais.
Jefferson Cordovil da Silva, ao Jornalismo do NEWSRONDÔNIA disse que, ‘aprendi com meu pai e a mamãe o segredo de fritar bananas para atrair o gosto das pessoas que, com orgulho, faço aqui na Praça da Igreja Matriz e os meus em outra mais afastada’.
Ele admitiu, todavia, que, ‘nossos vizinhos, aqui, tem seus segredos da cozinha nativa’. Disse também que, ‘apenas a freguesia saberia qual é a melhor banana frita da cidade’. Porém, durante o curto tempo que a reportagem esteve no lugar, presenciou um grande movimento na barraca que trabalha, de quando em vez, no lugar de uma irmã.
Em outros espaços no entorno da Prelazia católica, outros pequenos trabalhadores ambulantes e pescadores se destacam, não havendo nenhuma restrição religiosa ou conotação ideológica; com exceção da manutenção da higienização dos ambientes ocupados e o recolhimento de taxas pelo município – não é a mesma coisa que ocorreria com os espaços cedidos pela Igreja.
Afora o comércio ambulante e a venda de comida no Mercado Municipal, a cidade também é vista no atual contexto político, social e econômico como uma espécie de ‘Meca do Egito Antigo’, por concentrar mais de 68% do comércio varejista e atacadista da mesorregião do Purus.
UM POUCO DE HISTÓRIA – De acordo com os mais antigos ouvidos pelo Jornalismo do NEWSRONDÔNIA, ‘Lábrea tem muitos dos seus valores ainda escondidos pelos gestores e pelo poder central, lá, na Zona Franca de Manaus’, afirmaram.
– Méritos culturais, sociais, políticos e da luta pela manutenção da floresta ainda em pé, dos nossos rios piscosos e áreas urbanas preservadas, são referências com os ribeirinhos, pescadores e agricultores familiares à frente, disse o septuagenário Francisco Borel.
Sobre a falta de zelo por parte do poder público municipal e estadual para com a manutenção, conservação e preservação de prédios e monumentos históricos na cidade, das tradições, usos e costumes das populações tradicionais ‘vara limites do absurdo por aqui’.
Ele citou alguns pontos turísticos habituais da cidade, onde, segundo ele, ‘o poder publico peca e não mantê-los visíveis aos olhos dos visitantes, dos turistas e dos cidadãos nativos’. Segundo ele, o Grupo Escolar Humberto de Campos, onde estudou o ex-governador Gilberto Mestrinho, o Chalé dos Padres, as Escolas Santa Rita e Maria Madalena, precisam da atenção das autoridades.
Além desses verdadeiros cartões postais, a cidade tem a oferecer ao público externos – e dentro – ambientes saudáveis e atraentes, como as propriedades rurais ao longo da Estrada do MALVEIRA no acesso às comunidades do Ramal Tauraruã, vilarejos ribeirinhos em comunidade tradicionais e ao longo da BR-320, na ligação até à Rodovia Transamazônica com a vizinha Humaitá.
Lábrea é um município do interior do Amazonas, região Norte do País do Brasil, com população medida ainda no Censo de 2010 em 47 mil habitantes, de acordo com estimativas atribuídas ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Outra personagem bastante influente no setor e que busca atenção ampliada ao desenvolvimento do município é a presidente da Colônia de Pescadores, a líder da entidade Francisca Batista Renovato.
Segundo ela, ‘a pesca esportiva pode ser praticada sob a legislação e nos render lucros palpáveis’.
Por outro lado, ela entende que é preciso o poder público (municipal, estadual e federal), ‘adequar esse segmento à legislação e, verdadeiramente, dotar o setor de condições através de políticas de inclusão e crescimento’.
– Lábrea é um grande celeiro ainda muito esquecido por nossos governantes e que4 pode alavancar o crescimento sustentável da região do Purus, arrematou Francisca Renovato, a popular FAROFA da Colônia e do Sindicato de Pescadores.