A defesa das irmãs Isabelle e Gabrielle Kirk Maddy Lins, ambas herdeiras do grupo “Nilton Lins”, umas das maiores faculdades privadas do Amazonas, declarou em nota, que “ficou insuportável a partir do momento em que se passou a questionar a forma escolhida pela Prefeitura para a contratação das duas, gerando um enorme mal estar e comprometendo o ambiente de trabalho”.
Isabella e Gabrielle foram contratadas como gerente de projetos, ambas lotadas na Secretaria Municipal de Saúde, pelo prefeito de Manaus, David Almeida do (Avante). Elas foram acusadas com mais dez médicos de furar a fila da vacinação contra a Covid-19. Tudo começou, após as irmãs publicarem uma foto das duas juntas, nas redes sociais em que aparecem recebendo a primeira dose do imunizante.
A exoneração das gêmeas foi publicada no Diário Oficial do Município no dia (12), mas só foi divulgada no sábado (13). As duas foram alvo de uma representação feita pelo Ministério Público Estadual do Amazonas, sob a acusação de peculato – quando existe a suspeita de desvio de dinheiro público em proveito próprio – é retroativo ao dia 4 de fevereiro.
De acordo com a denúncia do MP/AM, os médicos foram contratados falsamente como gerentes de projetos, mas atuavam em Unidades Básicas de Saúde. Isabelle e Gabrielle receberam a primeira dose da vacinal no dia 19 de janeiro, sendo que uma delas foi nomeada no mesmo dia e a outra no dia anterior. Foi investigado que as jovens já receberam a segunda dose da vacina.
No mesmo dia, elas entraram com uma representação junto ao Tribunal de Justiça (TJ/AM) para deposito em conta dos salários recebidos no mês de janeiro pela Prefeitura de Manaus. A defesa das rés representada pela Advogada Gabriela Zani, do escritório Maia Zani, de São Paulo, disse que os salários das profissionais foram depositados na conta do Tribunal de Justiça, totalizando [R$ 12.248,36], pagos no último dia 10.
Só a partir do deposito é que elas foram exoneradas do quadro de servidores da Prefeitura. O ato de devolver o dinheiro, segundo especialistas configura na tentativa de exclusão e intenção de cometer alguma irregularidade. Além das irmãs, outros cinco médicos também contratos como gerentes de projetos, entraram na lista de exonerados do quadro da saúde da Prefeitura.
Manaus conta com pouco mais de 35 mil profissionais trabalhando na rede pública e privada. Dados da Prefeitura, somente 20 mil receberam a imunização na primeira fase da vacinação contra o coronavírus.