No Ministério Público Estadual da Promotoria Cível de Sena Madureira, uma denúncia feita por extrativistas, pede a abertura de investigação contra um grupo de pecuaristas. Os latifundiários estariam envolvidos no loteamento de terras da Floresta Estadual do Antimary, no estado do Acre.
Em 2006, ele foi condenado a vinte e sete anos de prisão por envolvimento na morte da missionária, norte americana, Dorothy Stang, no dia 12 de fevereiro de 2005.
Porém, Tato foi beneficiado com redução de um terço da pena, por delação premiada em 2010. O crime ocorreu em Anapu, no oeste do Pará. As investigações comprovaram que Amair contratou os dois pistoleiros que mataram a missionária que na época tinha 74 anos.
De acordo com informações, Amair Feijoli, além de comandar o esquema ordenaria a derrubada de milhares de hectares da floresta estadual, contratando homens e locando maquinários para abrir estradas e ramais.
A intenção, segundo a denúncia, seria interligar duas propriedades dele a floresta. Os grileiros também estariam agindo para expulsar os extrativistas. Em nota, o secretário de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema), Israel Milani, informou que a pasta vem investigando a denúncia junto MP/AC e Polícia.
Em maio de 2020, uma missão, envolvendo cerca de 30 homens da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Instituto de Meio Ambiente (IMA), o Batalhão de Policiamento Ambiental, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, percorreu cerca de 900 quilômetros da Floresta, vistoriando áreas e identificando invasores.
Criada em 1997, a Floresta Estadual do Animary entre os municípios de Bujari e Sena Madureira conta com uma área de 45.686,57 ha hectares. Desta época até 2019, a floresta perdeu 3.490,8 hectares, segundo dados do Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Ucegeo).