A tarde de quarta-feira (13) foi dia prestar homenagear a Santo Antônio. Fieis em cortejo saíram do santuário de Nossa Senhora de Fátima no bairro Areal, seguindo de carro até Igrejinha, as margens do Rio Madeira, em Porto Velho. Para o servidor público aposentado, João de Paulo Afonso o dia foi especial.
“Vim participar da missa com meu filho e minha neta. Temos que celebrar, afinal Santo Antônio foi um ser humano que nós ‘humanos’ temos abandonado”, destaca.
“Noventa e dois anos. Enquanto Deus e São Antônio me manterem de pé, eu estarei aqui, celebrando a dádiva da vida”, disse uma fiel.
Passado o fervor que foi o dia dos namorados, 13 de junho é o dia em que a Igreja Católica Apostólica Romana celebra o dia do frade Franciscano.
Batizado de Fernando Bulhões, Santo Antônio era um frade franciscano, nascido em 1195, em Portugal, mas viveu durante a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália. Apesar de não ter em seus sermões nada específico sobre casamentos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo que ajuda mulheres a encontrarem um marido.
REZA A LENDA que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem – ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio – pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio.
Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio aviera fazer a cobrança daquele modo maravilhoso. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antônio recebeu – entre outras atribuições – a de “O Santo Casamenteiro”. (Jornal de Todos os Brasis)
No ato ecumênico, a história da vida de Santo Antônio foi apresentada aos católicos, inclusive o motivo dele carregar o menino Jesus nos braços. A celebração terminou por volta das 19 hs30 da noite. Na seqüência foi dado início a “quermesse” que este ano completa 104 anos de história. O evento se estende até o próximo domingo (17).