O Tribunal de Recurso de Paris iniciou hoje (10) a análise do pedido de libertação do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. A decisão de Paris sobre o recurso deve ser anunciada ainda nesta segunda-feira, segundo uma fonte judicial informou à Agência France-Presse (AFP). Se o tribunal aprovar o pedido, Sarkozy, de 70 anos, poderá ser libertado de imediato.
Sarkozy está preso há 20 dias, cumprindo uma pena de cinco anos por envolvimento no caso de financiamento líbio à sua campanha presidencial em 2007. O Tribunal Penal de Paris concluiu que ele permitiu conscientemente que seus assessores solicitassem fundos a Muammar Kadhafi, líder líbio.
Defesa e Ministério Público
Durante a audiência por videoconferência, direto da prisão de La Santé, em Paris, Nicolas Sarkozy esteve acompanhado por seus dois advogados, que apresentaram os argumentos em favor da libertação. O Ministério Público, por sua vez, solicitou a libertação do ex-presidente sob supervisão judicial.
Citado pela imprensa francesa, Sarkozy descreveu a experiência na prisão como “um pesadelo” e uma “provação imposta”. Ele negou a acusação, afirmando que a sentença foi motivada por “ódio”.
“Nunca confessarei algo que não fiz. Nunca imaginei que chegaria aos 70 anos e passaria pela experiência da prisão. É difícil, muito difícil. Deixa marcas em todos os prisioneiros porque é exaustiva”, disse o ex-presidente francês ao tribunal.
A ex-modelo Carla Bruni, mulher de Nicolas Sarkozy, e dois de seus filhos, Pierre e Jean, estiveram presentes na galeria do público da sala do tribunal, acompanhando o desenrolar da audiência.








































