A Agência de Navegação Aérea da Polônia (PAZP) informou nesta quinta-feira (11) a restrição de voos civis na sua fronteira Leste. A medida, que vigora até 9 de dezembro, foi tomada após a invasão de 19 drones russos, que não deixaram feridos, mas danificaram uma casa e um carro no país. De acordo com a agência, a ação foi solicitada por militares poloneses para “garantir a segurança nacional” após a violação do espaço aéreo.
A Polônia é membro da União Europeia (UE) e da Otan. A ministra dos Negócios Estrangeiros da UE, Kaja Kallas, classificou o incidente como “a mais grave violação do espaço aéreo europeu por parte da Rússia desde o início da guerra”.
Reações internacionais à invasão
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, reportou a invasão na quarta-feira (10). A ação russa foi condenada por diversos líderes internacionais. O chanceler alemão, Friedrich Merz, denunciou a “ação agressiva”, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu Moscou sobre o ato. O embaixador dos Estados Unidos na Otan, Matthew Whitaker, afirmou que defenderá “cada centímetro do território da Aliança”.
A invasão acontece em um cenário de ataques aéreos frequentes na guerra entre Rússia e Ucrânia, com as forças de Kiev usando drones para atingir alvos militares em território russo e na Crimeia, enquanto a Rússia ataca cidades e infraestruturas ucranianas.