“Não ficaremos de braços cruzados”. Os líderes de França, Inglaterra e Canadá ameaçaram Israel, nesta segunda-feira (19), com “medidas concretas” caso o governo de Benjamin Netanyahu siga na Faixa de Gaza com o que consideram ser “ações escandalosas” e não permita a entrada de comida e ajuda humanitária no enclave palestino.
Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney alertaram, em declaração conjunta, que não ficarão “de braços cruzados” diante das “ações escandalosas” do governo israelense de Benjamin Netanyahu.
Os constantes bombardeios israelenses ao território palestino na Faixa de Gaza visam civis indiscriminadamente, inclusive em escolas e hospitais, que se tornaram alvos da artilharia do Exército de Israel.
“Estamos determinados a reconhecer um Estado palestino como uma contribuição para uma solução de dois Estados e estamos prontos para trabalhar com outros com esse fim”, afirmam o presidente francês e os primeiros-ministros britânico e canadense na declaração de hoje.
No documento, os três líderes citam a conferência das Nações Unidas prevista para junho “para encontrar um consenso internacional em torno deste objetivo”.
“A negação do governo de Israel de assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável e pode violar o Direito Internacional Humanitário”, advertiram na declaração divulgada pelo governo britânico.
Os líderes já foram aliados de Israel deixam ainda outro alerta contra novas ocupações do território autônomo palestino: “Somos oposição a qualquer tentativa de expandir as ocupações na Cisjordânia. Não hesitaremos em tomar mais medidas, incluindo sanções específicas”.
“Temos sempre apoiado o direito de Israel de defender os israelenses contra o terrorismo. Mas esta escalada é totalmente desproporcional”, lamentaram Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney, acrescentando que não permanecerão à margem enquanto o governo de Netanyahu prosseguir com “essas ações flagrantes”.