Os ataques aéreos dos Estados Unidos contra o porto petrolífero de Ras Isa, controlado pelos rebeldes Houthis no Iêmen, mataram mais de 70 pessoas e feriram 126, segundo o canal de televisão Al-Massirah, do grupo.
O Exército norte-americano anunciou, nessa quinta-feira (17), que tinha feito bombardeios que resultaram na destruição do porto de Ras Issa.
Imagens divulgadas na madrugada de hoje pelo canal Al-Massira, apresentadas como as “primeiras da agressão norte-americana” contra o porto, mostravam uma bola de fogo a iluminar a área onde se encontram os navios e espessas nuvens de fumaça sobre o que parecia ser um incêndio, escreve a AFP.
“As equipes de salvamento da Defesa Civil e os paramédicos fazem tudo para procurar e retirar as vítimas e extinguir o fogo”, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde Houthi, Anees Alasbahi.
Segundo o comando norte-americano para o Oriente Médio, o objetivo dos ataques era atingir as fontes econômicas do poder Houthi.
“Os Estados Unidos tomaram as medidas para eliminar essa fonte de hidrocarbonetos dos terroristas Houthis, apoiados pelo Irã, e privá-los das receitas ilegais que financiaram suas ações para aterrorizar toda a região durante mais de uma década”, acrescentou o comando em comunicado.
Estão previstas manifestações de protesto contra os ataques norte-americanos e de apoio aos palestinos na Faixa de Gaza.
Os Houthis começaram a atacar Israel e os navios ligados ao país ao largo da costa do Iêmen após o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, alegando solidariedade aos palestinos.
Os ataques, que também visam navios militares americanos, perturbaram o tráfego no Mar Vermelho, zona marítima essencial para o comércio mundial.
Washington lançou uma campanha aérea contra os Houthis em 15 de março a fim de acabar com as ameaças aos navios no Mar Vermelho.
Desde então, os rebeldes lançaram ataques contra navios militares norte-americanos e contra Israel, alegando solidariedade aos palestinos em Gaza.
Os ataques dos rebeldes tinham cessado com a trégua de 19 de janeiro entre Israel e o grupo armado Hamas, mas foram retomados depois de Israel ter reiniciado a ofensiva em Gaza em 18 de março.