Um absorvente interno quase tirou a vida de Greta Zarate, 32 anos. A norte-americana foi diagnosticada com Síndrome do Choque Tóxico (SCT).
Em janeiro deste ano, no primeiro dia de seu ciclo menstrual, ela sentiu náuseas, diarreia, tonturas e dores musculares. Quatro dias depois, uma febre muito forte e uma queda na pressão fizeram com que ela fosse levada às pressas para o Onslow Memorial Hospital, na cidade de Jacksonville, na Carolina do Norte.
Lá, a equipe médica realizou exames de imagem na paciente, mas não conseguiu detectar o que estava acontecendo. A resposta veio após uma conversa com o ginecologista: Greta estava apresentando a SCT. A condição é causada por uma infecção de bactérias Gram-positivas, como a Staphylococcus aureus. As bactérias teriam apodrecido no absorvente interno usado pela mulher e, por conta de cortes microscópicos em sua parede vaginal, entraram em contato com a corrente sanguínea dela.
A presença das bactérias acionou o sistema imunológico de Greta, que acabou entrando em choque séptico – situação em que as funções do corpo ficam desreguladas por causa de uma inflamação grave.
Greta foi medicada com antibióticos, fluidos e morfina. Também precisou de uma transfusão de sangue para restaurar os glóbulos vermelhos do corpo e impedir a propagação da infecção.
A síndrome do choque tóxico tornou-se conhecida nos anos 1970, com a ocorrência de diversos casos. Em 2012, voltou à tona com o caso da modelo Lauren Wasser, que chegou a perder a perna direita por causa do problema. A moça, então com 24 anos, teve um ataque cardíaco e ficou com os órgãos à beira da falência. O caso dela também foi provocado pelo uso de absorventes internos.