A Comunidade Nova Conquista, localizada a cerca de 14 km de Porto Velho, recebeu a primeira oficina de fibra de bananeira, voltada para mulheres da região. A iniciativa tem como objetivo transformar os caules das bananeiras, antes descartados após a colheita, em matéria-prima para confecção de bolsas e acessórios sustentáveis, promovendo sustentabilidade, geração de renda e valorização da economia local.
A presidente da Associação de Moradores da Comunidade (Asmonc), Raimunda Luzia Nunes Maria, destacou os benefícios da ação. “Essa oficina, além de gerar renda na comunidade, promove a sustentabilidade. Antes os caules eram descartados, agora voltamos a reaproveitar o caule da bananeira. Ganha o meio ambiente e ganha a comunidade”, afirmou.
O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rodrigo Ribeiro, explicou que a ação integra um programa mais amplo da Prefeitura de Porto Velho em parceria com a Usina Hidrelétrica Jirau. “Já capacitamos mulheres artesãs na Associação Cambaúba, na Bahia, reconhecida nacionalmente pelo projeto Arte & Fibra, e agora trouxemos essa oportunidade para Porto Velho. Nossa meta é expandir para outras comunidades rurais, fortalecendo a economia local e promovendo sustentabilidade”, declarou.
O gerente de Assistência Técnica da Semagric, Roseval Guzzo, reforçou a importância do aprendizado coletivo. “A oficina contou com apoio da Associação Arirambas Ambiental e das artesãs Najara Lopes e Yulienne De Paula Pereira, capacitadas na Bahia. A primeira etapa ensina a extração da fibra da bananeira, matéria-prima essencial. Na segunda etapa, as participantes aprenderão a confeccionar as peças. Todo o processo contribui para a valorização da mão de obra local”, explicou.
Para a artesã Najara Lopes, compartilhar conhecimento é fundamental. “É gratificante ver essas mulheres descobrindo como transformar o que antes era descartado em produtos que podem gerar renda e fortalecer a economia da comunidade. Essa troca de experiência é essencial para o crescimento delas”, destacou.
A oficina representa mais um passo na promoção da economia sustentável e no protagonismo feminino no campo, unindo reaproveitamento de resíduos, geração de renda e valorização das mulheres rurais de Porto Velho.












































