Uma pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil traz, mais uma vez, um alerta preocupante para o país, especialmente para os estados da Amazônia Legal. Na data em que se comemorou o “Dia da Amazônia”, a notícia é alarmante para o meio ambiente, particularmente no que se refere aos recursos hídricos.
Os sete estados da Região Norte, junto com o Maranhão e Mato Grosso (constituindo a Amazônia Legal), foram apontados como responsáveis por despejar cerca de 900 piscinas olímpicas de esgoto diariamente na biodiversidade amazônica.
Esse dado é não apenas preocupante, mas também assustador. Ele revela que os governos dessas localidades precisam desenvolver ações urgentes para conter o crime ambiental contra a maior floresta tropical do mundo.
Qual seria a causa?
O Instituto Trata Brasil também publica anualmente estudos que apontam para a negligência dos executivos municipais e estaduais. Eles não têm demonstrado preocupação em criar medidas que impeçam o avanço dessa prática em seus estados.
Para a instituição, a falta de planejamento resulta na destruição das nascentes de água, igarapés, rios e mananciais. A água contaminada também prejudica a vida humana. Doenças como diarreia, malária, esquistossomose e leptospirose são alguns dos problemas mais comuns enfrentados por quem vive nesses lugares.
Na Região Norte, a incidência de doenças causadas pela falta de tratamento de água foi de 13,34 casos por 10 mil habitantes. No Brasil, dos 130 mil registros, o índice sugere apenas 6,04, “menos da metade das 21 mil internações”, conclui o estudo.