O ano de 2025 consolidou o atletismo e o judô como pilares do esporte paralímpico brasileiro, no início do ciclo rumo aos Jogos de Los Angeles 2028. Em uma temporada marcada por campeonatos mundiais, o Brasil alcançou resultados expressivos, especialmente nas pistas e tatames, garantindo protagonismo no cenário internacional.
Em fevereiro, Cristian Ribera abriu o ano com ouro no esqui cross country, na Noruega, reforçando a presença brasileira na Paralimpíada de Inverno de 2026. A seguir, o tênis em cadeira de rodas viveu um dos melhores ciclos de sua história com finais inéditas e títulos em Grand Slams conquistados por Vitória Miranda e Luiz Calixto, ambos se despedindo do circuito júnior com conquistas marcantes.
No judô, o desempenho foi histórico: cinco ouros e 13 pódios no Mundial de Astana colocaram o Brasil no topo pela primeira vez. Entre os destaques estiveram Alana Maldonado, tricampeã mundial, e Wilians Araújo, bicampeão na categoria acima de 95 kg. O país ainda celebrou conquistas inéditas de Brenda Freitas e Rosi Andrade, além de uma final 100% brasileira no peso acima de 70 kg.
No atletismo, a força brasileira ficou evidente. Em Nova Déli, o país liderou pela primeira vez o quadro de medalhas com 15 ouros, superando a China. A acreana Jerusa Geber brilhou mais uma vez ao se tornar tetracampeã dos 100 metros T11 e alcançar 13 pódios em Mundiais, se isolando como a maior medalhista da modalidade na história do país.
Outras modalidades também contribuíram para o cenário vitorioso:
Canoagem — Fernando Rufino levou ouro na VL2, repetindo o pódio histórico com Igor Tofalini.
Ciclismo — Lauro Chaman alcançou o tricampeonato mundial na classe C5, enquanto Sabrina Custódia conquistou o ouro com recorde no Velódromo do Rio.
Natação — O Brasil fechou o Mundial em Singapura com 39 medalhas e três ouros cada de Gabrielzinho e Carol Santiago.
Halterofilismo — A equipe feminina garantiu o ouro por equipes e pódios individuais no Mundial do Egito.
Nos bastidores, porém, a temporada também foi marcada por tensão. Um grupo de atletas do tênis de mesa contestou exigências da CBTM relacionadas ao Bolsa Atleta, culminando na revogação das regras após manifestação e intervenção do Ministério do Esporte. O clima de disputa interna indica que, além de medalhas, o próximo ciclo exigirá diálogo e reestruturação.
Com resultados marcantes e desafios administrativos, a temporada reforça o protagonismo brasileiro e alimenta expectativas para o futuro. O atletismo se consolida como força central da delegação e símbolo do planejamento que pode levar o país a novos patamares em Los Angeles 2028.











































