A nadadora Carol Santiago, maior campeã paralímpica da história do Brasil, aprovou as estratégias adotadas em 2025 como preparação para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. Após um ciclo intenso marcado pela pandemia e pela sequência de três Mundiais, a atleta pernambucana, de 40 anos, comemora o desempenho e confirma que os ajustes no programa de provas foram acertados.
Com histórico de dez medalhas paralímpicas, sendo seis de ouro em apenas duas edições (Tóquio e Paris), a pernambucana segue focada na construção de um novo ciclo competitivo, mesmo sem grandes eventos previstos para 2026. Segundo Carol, a nova fase será essencial para fortalecer bases de velocidade e resistência, testando ajustes durante a temporada da World Series e nos Jogos Parasul-Americanos na Colômbia.
“[2026] será bem importante para fazermos a base do que queremos construir de velocidade e resistência para os Jogos”, afirma. A preparação será guiada por testes, sem perder o foco no que já funcionou até aqui.
Carol compete na classe S12, para atletas com baixa visão, por conta da Síndrome de Morning Glory, e se tornou referência mundial desde que migrou da natação convencional para a paralímpica, em 2018. O planejamento para Los Angeles prevê a redução do número de provas individuais — de seis para três — priorizando aquelas em que conquistou ouro em Paris: 50 m e 100 m livre e 100 m costas.
A estratégia tem mostrado resultado. No Mundial de Singapura 2025, ela repetiu as conquistas da capital francesa, alcançando:
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Ouro nos 50 m e 100 m livre;
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Ouro nos 100 m costas (tricampeonato);
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Ouro no revezamento 4×100 m medley;
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Prata no revezamento 4×100 m livre.
O desempenho rendeu o título de Atleta Feminina do Ano no Prêmio Brasil Paralímpico, pelo quarto ano, consolidando sua hegemonia na premiação. “Foi o ano mais difícil desde que entrei no movimento paralímpico, mas conseguimos transformar dificuldades em desafios e performar”, celebrou Carol, destacando o Mundial como “pontapé inicial bem dado” rumo a 2028.
Maior campeã paralímpica do país e referência da natação mundial, Carol entra no novo ciclo com metas claras: ser competitiva, consistente e seletiva, mirando o ápice em Los Angeles.











































