A Football Supporters Europe (FSE) solicitou à Fifa a suspensão imediata das vendas de ingressos alocados às Associações de Membros Participantes (PMAs) para a Copa do Mundo do ano que vem. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (12), o grupo europeu de torcedores acusou a entidade máxima do futebol de impor preços “astronômicos” e “extorsivos” nos bilhetes, o que, segundo a FSE, pode excluir os torcedores comuns do torneio.
A FSE destacou que, com base nas tabelas de preços que circularam discretamente entre as associações nacionais, um torcedor que acompanhe sua equipe desde a fase de grupos até a final, pela rota da PMA, pagará pelo menos US$ 6.900 (equivalente a R$ 37.191). Esse valor é quase cinco vezes o custo equivalente da Copa do Mundo de 2022, no Catar.
Críticas à exclusão da Categoria 4 e preços dinâmicos
Para aumentar a frustração, a FSE afirmou que a categoria de preço mais baixo – Categoria 4 – não será disponibilizada aos torcedores mais fiéis através de suas associações. A Fifa reservaria esses ingressos para vendas ao público em geral e os submeteria a preços dinâmicos.
O diretor executivo da FSE, Ronan Evain, classificou a decisão como uma “traição monumental” à tradição da Copa do Mundo.
“Trata-se de um punhado de pessoas que estão tentando ganhar o máximo de dinheiro possível com o torneio. E acreditamos que essa abordagem está colocando em risco a própria natureza do torneio.”
Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, não haverá preços consistentes em todos os jogos da fase de grupos. A Fifa introduzirá preços variáveis baseados em noções opacas, como a “atratividade” de um jogo. Evain alertou que a nova estrutura tornará o evento financeiramente inviável, especialmente para famílias, com custos para uma família de quatro pessoas podendo chegar a US$ 30.000 (R$ 161.700).
A FSE pediu à Fifa que suspenda a venda de ingressos para a PMA e inicie consultas com grupos de torcedores e associações afiliadas para encontrar uma solução que respeite a “universalidade e o significado cultural da Copa do Mundo”. A Fifa não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.












































