Nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido da defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A solicitação visava anular a investigação que apura a possível participação do atleta em um esquema de manipulação de apostas online (bets). A reportagem de André Richter, da Agência Brasil, foi publicada em Brasília às 19h53.
Pedido de anulação negado
A defesa do jogador argumentou que a investigação deveria ser conduzida pela Justiça Federal, e não pela Justiça do Distrito Federal, buscando a anulação do processo. Em junho deste ano, Bruno Henrique foi denunciado formalmente pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Decisão do ministro
Na decisão que negou o habeas corpus protocolado pela defesa, o ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ, afirmou que esse tipo de recurso não é adequado para avaliar a competência de um julgamento. Ele destacou que o habeas corpus não se aplica a questões que não afetam diretamente a liberdade de locomoção, como a definição de competência sem impacto no direito de ir e vir do acusado.
Acusação contra o jogador
O atacante é investigado por ter supostamente forçado um cartão amarelo durante um jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, em Brasília. A suspeita é que a ação teria beneficiado parentes do jogador que estavam envolvidos em apostas. Além de Bruno Henrique, amigos e familiares também foram denunciados pelo Ministério Público. No ano passado, o jogador foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o MPDFT, resultando no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão.