Os Estados Unidos adiaram a aplicação de novas tarifas sobre semicondutores importados da China, medida que estava prevista para entrar em vigor em breve. Agora, segundo decisão anunciada pelo governo Donald Trump, a taxação só deverá começar em junho de 2027, com possibilidade de prorrogação.
Até lá, a importação de chips chineses seguirá isenta de tarifas, permitindo continuidade nas compras sem cobrança adicional. O governo afirma que os detalhes finais — como percentual do imposto e data exata de início — serão divulgados com ao menos 30 dias de antecedência.
A justificativa oficial é que o país asiático teria buscado, por décadas, “dominância agressiva” na indústria de semicondutores, com práticas consideradas anticompetitivas. O posicionamento deriva de um relatório iniciado em 2024, ainda na gestão de Joe Biden, que investigou o cenário global do setor.
Mesmo com o adiamento, a medida se insere em um contexto mais amplo de disputa econômica entre as nações. Embora o momento atual seja de relativa trégua após acordos comerciais firmados entre Trump e Xi Jinping, os EUA continuam interessados em reduzir a participação chinesa no mercado de chips mais antigos — componentes estratégicos para veículos, telecomunicações, equipamentos militares e eletrônicos.
Recentemente, o governo norte-americano flexibilizou restrições e permitiu que empresas do país voltassem a vender chips à China. A proposta foi recusada pelo governo chinês, que reforçou o plano de ampliar a produção interna e diminuir a dependência de fornecedores externos.
Em resposta enviada à Reuters, a Embaixada da China afirmou que adotará “todas as medidas necessárias” para proteger os interesses econômicos do país. O comunicado também critica a postura dos EUA, alegando que “politizar e transformar tecnologia em arma” pode gerar efeitos negativos no mercado global.
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