A economia brasileira registrou uma queda de 0,3% em outubro em comparação com setembro, marcando o segundo mês consecutivo de retração na atividade econômica. O recuo segue a queda de 0,6% observada em setembro.
Os dados fazem parte do Monitor do PIB, estudo mensal divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo a economista Juliana Trece, responsável pelo levantamento, a perda de fôlego da economia é “muito influenciada pelo patamar elevado da taxa Selic”.
Efeito do Juro Alto
A taxa Selic, fixada pelo Banco Central para combater a inflação, está atualmente em 15% ao ano — o maior nível desde julho de 2006. O juro alto encarece o crédito, desestimula o investimento e, consequentemente, esfria a atividade econômica.
Pela ótica da produção, a queda na atividade foi explicada pelo desempenho negativo da agropecuária e da indústria. Pela ótica da demanda, a economista apontou que os investimentos (formação bruta de capital fixo) e o consumo do governo contribuíram negativamente para o resultado.
Crescimento em 12 Meses
Apesar do recuo mensal, o PIB brasileiro acumulado em 12 meses, até outubro, apresenta um avanço de 2,3%. Na comparação com outubro de 2024, houve expansão de 1%. A estimativa da FGV para o PIB brasileiro acumulado até outubro é de R$ 10,530 trilhões.











































