A chamada inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de novembro com alta de 0,18%. Este resultado, divulgado nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, fez com que o índice acumulado em 12 meses atingisse 4,46%.
IPCA volta ao intervalo de tolerância
Com o acumulado de 4,46% em 12 meses, o IPCA retorna ao limite superior da meta de inflação do governo, que é de 4,5%. A meta central é de 3% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, estabelecendo o teto em 4,5%. O índice chegou a permanecer fora deste intervalo de tolerância por 13 meses seguidos.
Desde o início de 2025, a avaliação da meta de inflação passou a ser feita em um período contínuo de 12 meses, e não apenas no fechamento de dezembro. O descumprimento só ocorre se o índice ultrapassar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.
Relação com a Selic
A trajetória de alta da inflação levou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) a elevar a taxa básica de juros, a Selic, sete vezes seguidas a partir de setembro de 2024. A Selic está atualmente em 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006 (15,25%).
A expectativa do mercado é que o BC mantenha esta taxa na decisão que será anunciada na noite desta quarta-feira (10). O juro alto encarece o crédito e desestimula investimentos e consumo, atuando como um freio na economia para reduzir a procura e esfriar a inflação.
O Boletim Focus, sondagem semanal do Banco Central com agentes do mercado financeiro, projeta que a inflação oficial ao final de 2025 será de 4,40%. O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos e coleta preços em dez regiões metropolitanas e diversas capitais brasileiras.












































