O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a sua última reunião do ano, em Brasília, para definir o futuro da Taxa Selic. A decisão é aguardada com expectativas, já que os juros básicos estão no maior nível em quase duas décadas, e analistas de mercado preveem que a taxa será mantida.
Manutenção da Selic para controle inflacionário
A Taxa Selic está fixada atualmente em 15% ao ano, o patamar mais elevado desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. Desde setembro de 2024, a taxa foi elevada em sete reuniões consecutivas, sendo mantida nas últimas três (julho, setembro e novembro).
A decisão sobre a Taxa Selic será anunciada no início da noite desta quarta-feira. Na ata de sua última reunião, em novembro, o Copom indicou que a taxa seria mantida em 15% ao ano por tempo prolongado. O objetivo é garantir a convergência da inflação à meta, apesar da desaceleração econômica do país. O Comitê afirmou que o cenário continua marcado por “elevada incerteza”, exigindo cautela na condução da política monetária. No cenário interno, alguns preços, como o de energia, ainda pressionam a inflação.
Projeções e metas
De acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado, a estimativa é que a Taxa Selic seja mantida em 15% ao ano até o final de 2025 ou início de 2026. A divergência entre os analistas está agora no momento exato em que os juros começarão a cair no próximo ano.
Em relação à inflação, a prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,2% em outubro, acumulando 4,5% em 12 meses, voltando ao teto da meta. Pelo sistema de meta contínua, em vigor desde janeiro de 2025, o teto da meta contínua é de 4,5% (3% mais 1,5 ponto de tolerância). A estimativa de inflação para 2025, segundo o Boletim Focus, caiu para 4,4%, ficando ligeiramente abaixo do limite superior da meta.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a taxa, busca conter a demanda aquecida, o que encarece o crédito e desestimula o consumo, ajudando a controlar a inflação, mas podendo dificultar a expansão econômica.












































