A região Norte reafirmou sua força na produção de cacau de alto valor agregado durante a 7ª edição do Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil, realizada no último sábado (6), em Cacoal, Rondônia. Com apoio do Sebrae, o evento destacou o avanço técnico e sensorial de pequenos e médios produtores, evidenciando o crescimento do país no mercado de cacau premium.
Pela primeira vez sediado em Rondônia, o concurso reuniu cerca de 500 pessoas, entre produtores, autoridades e representantes do setor produtivo, incluindo o governador Marcos Rocha. A competição avaliou critérios físico-químicos, sensoriais e socioambientais das amêndoas, reforçando o movimento de profissionalização da cadeia produtiva.
Entre os destaques, seis produtores rondoniense se classificaram entre os 20 finalistas nas categorias Varietal e Mistura, demonstrando o fortalecimento da cacaicultura local. Rondônia conquistou o 3º lugar com Luiz Anastácio da Silva, de Cacoal, e o 1º lugar com Mauro Tauffer, de Buritis, reafirmando a excelência da produção estadual.
O Sebrae em Rondônia acompanhou de perto o evento, reforçando o apoio à qualificação e à adoção de práticas sustentáveis pelos produtores. Para o diretor técnico do Sebrae, Carlos Eduardo Sakagami, “o desempenho dos produtores de Rondônia é notável. Quando as instituições que atuam na cadeia do cacau trabalham juntas, os resultados se multiplicam”.
A cerimônia também prestou homenagem a Marcileide Zirondi, da unidade regional de Ji-Paraná, reconhecida por sua dedicação ao fortalecimento da cacaicultura rondoniense. Emocionada, Marcileide declarou: “Ver Rondônia sediar pela primeira vez um concurso nacional e, ao mesmo tempo, ser reconhecida em um cenário tão importante, foi especialmente marcante. Foi uma verdadeira colheita simbólica, a prova de que todo o esforço plantado ao longo dos anos finalmente começou a dar frutos”.
Nesta edição, 108 amostras foram inscritas, e 20 avançaram à etapa final. O Centro de Inovação do Cacau (CIC) produziu líquor e chocolate 70% a partir de cada lote finalista, garantindo a padronização do processo. As degustações às cegas foram conduzidas por especialistas, incluindo a jornalista e cacauicultora Ticiana Villas Boas e a crítica gastronômica Priscila Pastre.
Além da análise sensorial, o concurso considerou critérios socioambientais baseados no Currículo de Sustentabilidade do Cacau, que avalia manejo, uso racional de insumos e condições de trabalho, destacando a importância da responsabilidade ambiental na diferenciação dos produtos.
Com a premiação de R$ 100 mil distribuída entre os vencedores, o evento celebrou não apenas a excelência das amêndoas, mas também o fortalecimento de uma cadeia produtiva sustentável e integrada, consolidando Rondônia como referência nacional na qualidade do cacau.










































