A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,18% em outubro. O resultado representa uma desaceleração significativa em relação a setembro, quando o índice marcou 0,48%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 soma 4,94%, mantendo-se acima da meta do governo (3% com tolerância de 1,5 p.p., ou seja, teto de 4,5%). Analistas do mercado, ouvidos pelo Banco Central, estimam que o IPCA deve encerrar o ano em 4,7%.
Combustíveis pressionam; alimentos aliviam
A principal pressão de alta na prévia de outubro veio do grupo Transportes, que subiu 0,41% e respondeu por 0,08 ponto percentual do índice. Os destaques foram os combustíveis (1,16%), com a gasolina subindo 0,99% e o etanol, 3,09%, e as passagens aéreas, com alta de 4,39%.
Por outro lado, os preços de Alimentação e bebidas caíram pelo quinto mês consecutivo, registrando recuo de 0,02% no mês. A alimentação no domicílio recuou 0,10%, influenciada por quedas em itens como cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1%). Nos cinco meses de queda, o grupo acumula um alívio de 0,98%.
Conta de luz ajuda a frear a alta
O grupo Habitação também contribuiu para a desaceleração. A taxa de alta do grupo passou de 3,31% em setembro para 0,16% em outubro. O principal fator foi a queda de 1,09% na energia elétrica residencial.
O recuo na conta de luz se deve à mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o patamar 1, reduzindo a cobrança adicional na conta de energia. A conta de luz foi o item que mais puxou o índice para baixo (-0,05 p.p.).










































