O leilão de sete blocos de exploração de petróleo no pré-sal, realizado nesta quarta-feira, 22 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro, resultou na arrematação de cinco áreas. O evento, sediado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), garantiu R$ 452 milhões em investimentos contratados.
O ágio médio de óleo excedente, que é a parcela do lucro da produção compartilhada com a União, atingiu 91,20%. Em um dos blocos, o sobrepreço chegou a 251,63%. O total arrecadado em bônus de assinatura foi de R$ 103,7 milhões. No regime de partilha, o critério de vitória é o maior percentual de óleo excedente oferecido à União.
Petrobras e Equinor se destacam
Das 15 empresas habilitadas, oito apresentaram lances, com cinco sendo as vencedoras. O destaque ficou com a Petrobras e a norueguesa Equinor, que arremataram duas áreas cada. Em uma delas, o campo de Jaspe, na Bacia de Campos, atuam em consórcio, com a Petrobras detendo 60% de participação.
A Petrobras arrematou sozinha o bloco de Citrino, também na Bacia de Campos, oferecendo 31,19% de parcela excedente de óleo, o que gerou o maior ágio do leilão, de 251,63%. A australiana Karoon e a Sinopec, estreantes no regime de partilha, também venceram com a Karoon sendo operadora única do campo Esmeralda e a Sinopec integrando um consórcio chinês no campo Ametista. Apenas Citrino e Jaspe tiveram concorrência.
O diretor-geral da ANP, Artur Watt Neto, classificou a OPP como um “sucesso”. Ele ressaltou que o foco do leilão está nos investimentos assegurados, na geração de empregos e na futura arrecadação de óleo da União e royalties.
Os blocos Larimar e Ônix, ambos na Bacia de Campos, não receberam propostas e serão reofertados no próximo ciclo da OPP, que a ANP prevê realizar em 2026.