Produtores que firmaram Contratos de Opção de Venda (COV) com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) poderão antecipar a entrega do arroz para o final de abril, em vez de agosto. O pagamento será 20% acima do preço mínimo, cobrindo custos logísticos e financeiros.
A medida, viabilizada por um crédito extraordinário do Governo Federal, visa garantir renda aos agricultores, estimular a produção e formar estoques públicos. O anúncio ocorreu na Superintendência da Conab em Porto Alegre, estado responsável por 68,6% da produção nacional do grão.
Valores e estados contemplados
Os contratos, negociados em três leilões públicos em dezembro de 2023, resultaram na contratação de 91,7 mil toneladas de arroz, sendo 58,4 mil toneladas no Rio Grande do Sul e 28,9 mil toneladas em Mato Grosso.
- Rio Grande do Sul: Produtores que entregarem o arroz no início de maio receberão R$ 82,85 por saca. Caso aguardem o prazo final do contrato, o valor será R$ 87,62.
- Mato Grosso: Quem antecipar a venda para junho receberá R$ 99,98 por saca, enquanto o pagamento para o prazo final será de R$ 107,84.
Cenário do mercado de arroz
A entrada da safra nacional pressiona queda nos preços pagos aos produtores. Além disso, a produção global está em alta, impulsionada por grandes produtores como Índia e América do Sul.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê um recorde de 18 milhões de toneladas na América do Sul para a safra 2024/25. Já a Índia, um dos maiores exportadores, projeta crescimento de 5,2% na produção e retomou as exportações de arroz branco não-basmati, ampliando a oferta no mercado internacional.
Sobre o COV
O Contrato de Opção de Venda faz parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e funciona como um seguro de preço, permitindo ao produtor vender para o governo a um valor pré-fixado, sem a obrigatoriedade da entrega.