Porto Velho, RONDÔNIA – Os serviços de drenagem, limpeza e correção de pontos críticos ao longo de todas as linhas, vicinais e travessões de ligação com o eixo central e oriental do Setor Chacareiro tiveram, nesta quinta-feira (18), pedidos renovados ao prefeito Hildon Chaves nesta parte mais distante da cidade.
O apelo, segundo o Jornalismo do NEWSRONDÔNIA apurou junto ao maior segmento representativo dos trabalhadores chacareiros, a Associação de Ação Popular Integrada Hortifrutigranjeiros da União (AAPIHGU), no período da manhã, tem a valer com os prejuízos que a cadeia produtiva de flores e essências naturais.
– Além de alimentos orgânicos, animais domésticos, frutíferas e tubérculos no período marcante do inverno amazônico, afirma a presidente da entidade Gabriela Camargo.
"Não podemos fechar os olhos para tudo, dentro do possível, que a atual gestão municipal, já fez e poderá executar em termos de melhorias em infraestrutura possível e das tentativas de oferecer em qualidade de vida aos chacareiros", diz ela.
O Setor Chacareiro, segundo ranking da produção de alimentos saudáveis, criação de aves, caprinos, tubérculos e hortaliças diversas, bem como de frutas, farinha de mandioca, ovos e da floricultora (Grupo César das Flores), já alcançou até 68% do mercado no que diz respeito a garantia do abastecimento local.
O Setor Chacareiro, sob a responsabilidade da AAPIHGU, em que pese as duras penas da sua luta por se manter ativo, mesmo no período de inverno, época em que a falta de estrada para garantir o escoamento da produção, 'sobrevive graças à vontade de seus produtores que não se cansam de ir ao poder público pedir ajuda', revelou Gabriela.
De acordo com as posições assumidas pela entidade em audiências públicas, desde a discussão do Plano Diretor Municipal (2020-30), 'a AAPIHGU sempre esteve presente nesses eventos puxados pelo Município', ela apontou ao se dizer gratificada pelo que já foi feito em conquistas saídas da gestão Hildon Chaves, através da intervenção do titular da SEMAGRIC, Luiz Cláudio. Gabriela estendeu os elogios, igualmente, ao Secretário de Estado da Agricultura (SEAGRI), Evandro Padovani e aos dirigentes da EMATER, Dr. Leandro Brasil e José de Arimateia.
Sobre a difícil situação que continuam enfrentando os chacareiros para garantir o abastecimento de alimentos colhidos diretamente do campo, apesar do avanço contínuo da pandemia (novo coronavírus), a presidente da AAPIHGU disse que, 'precisam, Prefeitura e o Governo abrirem guerra contra os estragos causados pelo inverno, nos enviando pessoal, máquinas e equipamentos'.
– Esses assuntos iriam ser tratados na reunião do último domingo 14, porém, a diretiva da AAPIHGU recuou em respeito aos novos decretos do Governo do Estado e do Município, a fim de se conter uma possível contaminação dos associados pelo novo coronavírus durante o nosso encontro mensal, sublinhou Gabriela Camargo.
Com base no diagnóstico já apresentado aos secretários de Obras, da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (SEMAGRI) e pessoalmente ao Secretário Estadual de Agricultura e Regularização Fundiária (SEAGRI), Evandro Padovani, os chacareiros continuam, praticamente, ilhados em suas propriedades e impedidos de escoarem a produção ao mercado local.
Segundo ainda o diagnóstico liderado pela entidade representativa de caráter rural acreditada em terras ocupadas, mansa e pacificamente, da União Federal ao longo de três décadas, 'todas as linhas, vicinais e travessões de acesso aos campos de produção continuam sob às águas das fortíssimas chuvas que caem sobre toda a Capital'.
No rol de maior comprometimento de acesso, trânsito e deslocamento de dentro pra fora do Setor Chacareiro, a diretiva da AAPIHGU listou as linhas, vicinais e travessões Jerusalém, Madre Paulina, Afonso Brasil, Santarém, Mineiros, Amazonas, Raimundo Cantuária e toda a região do eixo central que se interligam com os residenciais Crystal da Calama e Orgulho do Madeira. Além da Estrada dos Periquitos – outro importante e estratégico pólo do Cinturão Verde da Zona Leste desta Capital.