Se você compra na internet, com certeza já pesquisou o que outras pessoas falaram sobre um produto ou serviço. Partindo desse cenário, qual foi o espaço onde buscou informações? O Google ou as redes?
Desde 2023, e-commerce com sede no estado de Rondônia recebem incentivos fiscais, com o objetivo principal de impulsionar os comércios locais que atuam nos espaços digitais. Isso é positivo, levando em conta que uma parcela significativa dos rondonienses compra produtos e contrata serviços online.
O que nem sempre é ponderado, porém, é a jornada percorrida por esses indivíduos. Afinal de contas, como os jovens pesquisam sobre produtos e serviços na internet? As respostas para essa e outras perguntas podem ser encontradas em um artigo recente.
Como as gerações mais jovens escolhem serviços e produtos?
No começo de 2025, a ExpressVPN publicou um artigo sob o nome de “Por que a Geração Z e os Millennials estão trocando o Google por buscas em redes sociais e IA”, o qual, como o nome sugere, traz dados a respeito desse movimento de transição observado em gerações mais novas na internet.
A pesquisa revela que as redes sociais estão emergindo como a principal ferramenta de busca para esses grupos, alterando profundamente a forma como os jovens descobrem produtos, serviços e até mesmo conselhos para o dia a dia.
Plataformas como TikTok, Instagram e Facebook se tornaram pontos chave para encontrar respostas rápidas e confiáveis sobre qualquer coisa, desde as melhores opções de restaurantes até as últimas tendências em tecnologia ou cuidados com a saúde. As informações são entregues de forma mais visual e interativa.
Um dado revelador da pesquisa é que entre 66% dos jovens de 18 a 26 anos usam redes sociais diariamente para buscar respostas a questões variadas.
Essa faixa etária valoriza a rapidez e a facilidade de acesso às informações, características que as redes sociais oferecem em abundância, como vídeos tutoriais e avaliações feitas por outros usuários, o que torna a experiência de pesquisa mais autêntica e personalizada.
Já entre os Millennials, de 27 a 34 anos, 60% também recorrem às redes sociais para realizar buscas no dia a dia, com muitos deles utilizando o Instagram, TikTok e Facebook para recomendações e avaliações de produtos.
Embora se observem diferenças na forma como as diferentes gerações realizam as pesquisas e fazem suas escolhas (como vamos abordar no tópico seguinte), não há dados concretos sobre as distinções entre os indivíduos de acordo com a região onde se vive. O que se existe é um “abandono” do Google.
Existem diferenças na maneira como se busca informações online?
No passado, o Google e buscadores similares eram verdadeiras “mecas” para a escolha de serviços e de produtos online. Precisa de uma sanduicheira? É só digitar “sanduicheira” no navegador. Embora isso ainda aconteça de forma prevalente, os buscadores agora dividem parte do seu espaço com as redes variadas que temos no país.
Ao invés de apenas pesquisar a sanduicheira do exemplo no Google, os internautas também colocam no X: “qual a melhor sanduicheira”, a fim de encontrar opiniões de outros usuários sobre o produto em questão. E mesmo esse simples ato ainda faz distinção de rede social de acordo com cada geração.
Os jovens adultos, por exemplo, têm redes como o Instagram e o Reddit como maiores referenciais para pesquisas; enquanto os mais velhos utilizam o Facebook para a tarefa. Ou seja: é indispensável que negócios online (ou até os presenciais) de Rondônia ocupem espaço significativo nas redes sociais.
De que maneira as buscas online afetam o estado de Rondônia?
Um usuário que esteja buscando por um restaurante em Porto Velho pode fazer a pesquisa no Google ou no Instagram, por exemplo, o que significa que os restaurantes da cidade que queiram aumentar as chances de serem encontrados devem se preocupar tanto com as métricas de SEO quanto com as redes.
Isso coloca uma pressão “extra” no atendimento aos clientes em potencial que procuram comércios ou prestadores de serviço a partir do Instagram, do Facebook ou de outra rede. O impacto que os espaços online têm em alavancar (ou até mesmo em afundar) um negócio não deve ser subestimado.
A influência das redes sociais na decisão de compra dos jovens rondonienses
O comportamento de compra dos jovens em Rondônia segue uma tendência crescente de adaptação aos novos meios digitais, sendo as redes sociais o ponto central dessa transição. Embora o Google ainda seja uma ferramenta indispensável, especialmente para aqueles em busca de informações objetivas ou detalhadas, as plataformas sociais estão se tornando o primeiro ponto de contato para uma grande parte da população jovem.
Isso se deve principalmente à natureza interativa e visual dessas redes, que facilitam a troca de opiniões, experiências e até mesmo influenciam decisões de compra de forma mais imediata.
O impacto do marketing de influência em Rondônia
O marketing de influência tem sido uma estratégia crescente para os comerciantes em Rondônia, especialmente devido ao engajamento diário dos jovens nas redes sociais. A presença de influenciadores locais ou regionais, que compartilham suas experiências com produtos e serviços, tem um impacto significativo nas decisões de compra.
Em 2025, a publicidade no Instagram e no TikTok já é considerada uma das formas mais eficazes de alcançar o público jovem, e isso se aplica também aos empreendedores de Rondônia que buscam expandir seu alcance.
Esses influenciadores atuam como uma ponte entre a marca e o consumidor, mostrando o uso real do produto em sua rotina, o que transmite mais confiança e autenticidade.
Essa forma de promoção ressoa mais fortemente nos jovens de Rondônia, que estão cada vez mais inclinados a seguir conselhos de figuras públicas e amigos em vez de recorrer a fontes impessoais, como os tradicionais buscadores.
A verdade é que as tendências de pesquisas a partir das redes sociais ou de ferramentas de inteligência artificial não são diferentes entre jovens de Rondônia e aqueles de outros estados ou países. Em todos, há o desejo por informações mais pessoais, atualizadas e com um maior foco em mídias audiovisuais.