Documento final da Agenda de Ação da COP30, realizada em Belém, organiza 120 iniciativas climáticas voluntárias em seis eixos temáticos e conta com a participação inédita de 190 países, visando acelerar a implementação do Acordo de Paris.
Mapas do caminho para o fim do desmatamento e da dependência de combustíveis fósseis ainda serão construídos, afirma a ministra Marina Silva, com o Brasil mantendo a liderança do processo multilateral até 2026.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a derrubada de 56 vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental representa uma perda para o Brasil, pois contradiz os compromissos ambientais assumidos pelo país na COP30, afetando biomas, segurança alimentar e povos tradicionais.
Organizações socioambientais e de consumidores criticam a Lei 15.269/2025 por manter o subsídio público para as termelétricas a carvão, uma das fontes mais poluentes, o que contraria a agenda de descarbonização e onera o consumidor brasileiro em cerca de R$ 1 bilhão por ano.
O Planalto divulgou nota oficial antes da votação no Congresso Nacional para defender a manutenção dos vetos à Lei nº 15.190/2025, citando desastres como Mariana e Brumadinho e o compromisso do Brasil na COP30 como razões para evitar o enfraquecimento das normas de proteção ambiental.
Ambientalistas classificam a votação desta quinta-feira (27) no Congresso Nacional como um risco de “retrocesso ambiental” que pode retomar o autolicenciamento amplo e a execução de grandes obras sem estudos prévios, contrariando o discurso do Brasil na COP30.
O custo da hospedagem na capital paraense mais que dobrou em novembro, impulsionado pela 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).
Celso Sabino destacou o impacto positivo da Conferência do Clima (COP30) no Brasil, afirmando que o evento proporcionou reconhecimento internacional e melhorias logísticas que tornaram Belém, a porta de entrada da Amazônia, mais preparada para o ecoturismo e a demanda global.
O diretor acadêmico da Fespsp, Aldo Fornazieri, argumenta que o Brasil deve ser o primeiro país a implementar o Mapa do Caminho — roteiro proposto na COP30 para o afastamento dos combustíveis fósseis — para dar exemplo e assumir a liderança na transição energética, mesmo sem a unanimidade da ONU.
A plenária de encerramento, que definirá os textos finais, está prevista para este sábado. As conversas foram estendidas pela madrugada devido à falta de consenso, principalmente sobre a eliminação dos combustíveis fósseis.
Jose Gesti, da SWA, afirma que a falta de acesso a saneamento básico agrava os impactos de enchentes e secas, impedindo a adaptação eficaz dos países. A situação de Belém exemplifica o problema global.
Manifestações de indígenas na Zona Azul e eventos paralelos, como a Cúpula dos Povos, cobraram maior participação nas decisões e a demarcação de territórios. A Marcha Mundial pelo Clima reuniu cerca de 70 mil pessoas nas ruas de Belém.
A poucas horas do fim oficial do evento, países seguem em disputa pelo texto final do Pacote de Belém. A ausência de um roteiro para a eliminação dos combustíveis fósseis é o principal ponto de frustração.
A cacica da Aldeia Kaarimã, Juma Xipaia, usa sua voz no Xingu, no cinema e na Conferência do Clima para denunciar como grandes empreendimentos enfraquecem a luta pela Amazônia.