A atualização epidemiológica divulgada pela Prefeitura de Porto Velho mostra que os casos de HIV no município apresentaram queda após um período de crescimento. O boletim foi publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), com participação do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) e do Núcleo de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Coordenação de HIV/Aids). As ações reforçam o foco do Dezembro Vermelho, mês dedicado à prevenção e combate ao HIV/Aids.
O HIV, vírus que causa a Aids, compromete o sistema imunológico ao infectar células de defesa. A transmissão ocorre por relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas, transfusão de sangue contaminado, transmissão vertical e uso de instrumentos não esterilizados.
Situação epidemiológica no Brasil e no município
Entre 2007 e junho de 2024, o Brasil registrou 541.759 casos de HIV, sendo 70,7% em homens. Em Porto Velho, entre 2015 e agosto de 2025, foram notificados 3.511 casos, com maior concentração entre homens de 20 a 29 anos.
Após aumento progressivo entre 2015 e 2023, Porto Velho apresentou queda em 2024. Em 2025, até agosto, foram registrados 199 novos diagnósticos, indicando tendência de redução e possível efeito das ações de prevenção e testagem da Semusa.
Gestantes, crianças e mortalidade
A infecção em gestantes ocorre principalmente entre mulheres de 20 a 29 anos. Entre crianças menores de 13 anos, o município registrou 21 casos entre 2016 e 2023, com pico em 2019. Em 2024 e até agosto de 2025, não houve novos registros, o que aponta avanço na prevenção da transmissão vertical durante o pré-natal e no acompanhamento das gestantes.
Em relação aos óbitos, Porto Velho registrou redução em 2024 e no primeiro semestre de 2025, após alta nos anos de 2022 e 2023. A queda está associada ao diagnóstico precoce e ao tratamento ofertado pela rede municipal.
Formas de exposição e comportamento dos casos
A maior parte dos casos de HIV no município ocorre entre pessoas que relataram exposição heterossexual, seguida pelas categorias homossexual e bissexual. Os dados orientam estratégias específicas de prevenção adotadas pela Semusa.
Ações contínuas de testagem e prevenção
A gerente da Vigilância Epidemiológica da Semusa, Ivonete Santos, reforça que a testagem ocorre durante todo o ano.
“Durante todo o ano, nossas unidades realizam testes rápidos de forma gratuita e acolhedora. A prevenção e o cuidado precisam ser constantes, porque quanto mais cedo o diagnóstico acontece, maiores são as chances de interromper a cadeia de transmissão e garantir um tratamento eficaz”, afirmou.
Para reduzir novas transmissões, a Semusa mantém ações permanentes, como:
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Testagem rápida gratuita em todas as unidades de saúde
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Distribuição de preservativos
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Atendimento e tratamento no Serviço de Atendimento Especializado (SAE)
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Oferta de PrEP e PEP
O prefeito Léo Moraes destaca que o município tem reforçado a rede de atenção para ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento.
“As ações de prevenção e cuidado são prioridade da nossa gestão. Trabalhamos para que todas as unidades estejam preparadas para acolher a população, oferecer testagem rápida e assegurar que quem precisa de tratamento receba acompanhamento adequado. Nosso compromisso é fortalecer o enfrentamento ao HIV/Aids e garantir uma saúde pública eficiente e humana para todos”, declarou o prefeito.











































