O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar em 30% o aproveitamento do plasma sanguíneo no país. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita ao Hemorio, no Rio de Janeiro. A expansão será possível com a chegada de 604 equipamentos de alta tecnologia, que devem ser instalados até o primeiro trimestre de 2026.
Segundo o ministro, a medida deve gerar economia anual de R$ 260 milhões, reduzindo a dependência de importação de medicamentos derivados do plasma. Ele destacou que a falta de produção nacional afetava diretamente pacientes que dependem de hemoderivados.
O plasma é utilizado na formulação de medicamentos essenciais para pessoas com hemofilia, doenças imunológicas e outras condições, além de ser fundamental em cirurgias de grande porte. O investimento para a aquisição dos equipamentos foi de R$ 116 milhões, por meio do Novo PAC Saúde, beneficiando 125 serviços de hemoterapia em 22 estados.
Entre os itens comprados estão blast-freezers, que realizam congelamento ultrarrápido, além de ultrafreezers e freezers convencionais. A ampliação deve ajudar a nova fábrica da Hemobrás a operar em plena capacidade, processando até 500 mil litros de plasma por ano.
Nos últimos três anos, a disponibilidade de plasma na rede pública aumentou 288%, passando de 62,3 mil para 242,1 mil litros. A Hemobrás é atualmente a maior fábrica de hemoderivados da América Latina.
O anúncio ocorreu durante a Semana Nacional do Doador de Sangue. Em 2024, o país registrou 3,3 milhões de bolsas coletadas, o equivalente a 1,6% da população brasileira. Hoje, apenas 13% do plasma coletado é usado diretamente em transfusões; os demais 87% podem ser destinados à produção de hemoderivados.












































