O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (16) a Campanha Nacional de Enfrentamento à Sífilis, com o tema Sífilis tem cura – Faça o teste, trate-se e previna-se. A mobilização reforça que a prevenção, a testagem, o diagnóstico e o tratamento contra a doença estão totalmente disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A campanha utiliza linguagem leve e acessível, direcionada a jovens de 15 a 30 anos, gestantes e seus parceiros sexuais, buscando incentivar o autocuidado. A iniciativa faz parte do Outubro Verde, mês dedicado à mobilização nacional contra a sífilis. A programação inclui webinários abertos ao público às quartas-feiras, que abordam diagnóstico, manejo clínico e prevenção.
Redução de casos e desafios epidemiológicos
Apesar de o Boletim Epidemiológico de Sífilis 2025 apontar uma redução de 2.093 casos nos últimos três anos no país, os números de 2024 ainda mostram um cenário desafiador:
256 mil casos de sífilis adquirida.
89 mil casos de sífilis em gestantes.
24 mil casos de sífilis congênita (transmissão da mãe para o bebê).
Um total de 183 óbitos pela doença.
O estado do Rio de Janeiro registrou a maior taxa de detecção de sífilis em gestantes, com 68,3 casos por mil nascidos vivos. Já o Tocantins teve a maior incidência de sífilis congênita, com 17,8 casos por mil nascidos vivos.
Ampliação do diagnóstico com o teste rápido combo
Para facilitar o diagnóstico e interromper a cadeia de transmissão, o Ministério da Saúde expandiu o acesso ao teste rápido combo HIV/sífilis, que detecta as duas infecções simultaneamente.
Em 2025, a oferta do exame aumentou em mais de 40%, totalizando 6,5 milhões de unidades, com um investimento de R$ 9,2 milhões. A pasta destaca que o exame é simples, rápido e gratuito, permitindo o início imediato do tratamento, o que é crucial, especialmente durante a gestação.