Em resposta à revogação de seu visto pelo governo dos Estados Unidos, o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales, se manifestou em suas redes sociais nesta quinta-feira (14), defendendo o programa Mais Médicos. A sanção dos EUA, que também afetou o ex-assessor Alberto Kleiman e familiares, ocorreu sob a acusação de cumplicidade com o que o governo americano classifica como “trabalho forçado cubano”. Em sua publicação, Mozart Sales afirmou que o programa é uma “iniciativa primordial” para levar atendimento médico a milhões de brasileiros.
Os benefícios do Mais Médicos
O secretário ressaltou que a criação do programa em 2013, que contou com a cooperação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), permitiu a contratação de médicos cubanos para atuar em regiões de difícil acesso. Ele destacou que esses profissionais já prestavam serviços em outros 58 países. Segundo Mozart Sales, a presença de médicos brasileiros, cubanos e de outras nacionalidades “ofereceu atenção básica de saúde” e “diminuiu dores, sofrimentos e mortes” em comunidades carentes. Ele também mencionou a alta aprovação do programa, que chegou a 87% em 2013, e a existência de publicações científicas que comprovam seus impactos positivos.
Apoio do ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também defendeu o programa e os funcionários afetados. Em uma postagem, Padilha afirmou que o Mais Médicos é aprovado pela população brasileira e que “salva vidas”, criticando os “ataques injustificáveis” do governo norte-americano. Ele reforçou que o programa é a “essência do SUS” e que o Brasil não se curvará a quem persegue a ciência e a saúde pública.