Por Luciane Gonçalves
Médico Sanitarista e Assessor Especial do Ministério da Saúde sobre assuntos relacionados aos territórios, Valcler Rangel Fernandes esteve na sede da Secretaria Municipal da Saúde (Semusa), na tarde da última quarta-feira (17). Na reunião foram repassadas algumas demandas e as principais necessidades para melhoria da saúde em Porto Velho.
Um dos temas debatidos foi a urgente necessidade de investimentos do Governo Federal na saúde mental da população. Neste sentido, a Semusa solicitou ao técnico que o Ministério da Saúde direcione um olhar especial às demandas dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Imagem Semusa
Sobre o Centro Especializado em Reabilitação (CER), unidade do município especializada em atendimentos como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia respiratória, e, principalmente, referência em atendimento pós-covid-19. O CER é mantido 100% com recursos próprios e o objetivo da Semusa é habilitar a unidade para receber recursos do Ministério da Saúde.
“Já fizemos esse pedido anteriormente, encaminhando toda a documentação exigida, mas não tivemos êxito. Após essa conversa com o representante do Ministério, estamos esperançosos de que nosso pleito seja acolhido. Muito importante essa visita, pois in loco a visão das nossas dificuldades é amplificada e ele poderá atuar mais firmemente para nos auxiliar nas demandas pleiteadas”, explicou Eliana Pasini, secretária da Semusa.
Outros assuntos envolvendo as peculiaridades da região amazônica também foram apontadas, como atendimento às comunidades ribeirinhas, a longa extensão territorial de Porto Velho e os impactos nos atendimentos à população e mais.
Valcler Rangel Fernandes esteve em Porto Velho representando a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, no ‘Seminário Saúde e Ambiente na Amazônia’, realizado pela Fiocruz. Para ele, estar no Norte é importante para se entender a complexidade que é fazer saúde nesta região.
“É um território que tem problemáticas urbanas, rurais e também aquelas ligadas ao meio ambiente, ou seja, um desenvolvimento bastante complexo e que merece uma abordagem da saúde do tamanho dessa complexidade. Não é possível repetir aqui modelos implantados em outros lugares, pois são situações muito específicas. Meu objetivo é identificar essas peculiaridades e fazer com que o Ministério da Saúde, e outras instituições, atuem de forma cada vez mais integral, intersetorial para atender as demandas dessa população amazônica”, afirmou.
Também integraram a comitiva o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Charles Tocantins, a médica consultora do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems), Sílvia Comarú, e a secretária-executiva do Cosem Rondônia, Cristina Mabel.
A comitiva foi recepcionada pelas secretárias titular e adjunta da Semusa, Eliana Pasini e Marilene Penati, além das diretoras dos Departamentos de Atenção Básica (DAB), Fabíola Barros, e de Médio e Alta Complexidade (Dmac), Francisca Nery.
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