A primeira-dama de Porto Velho, Ieda Chaves, não gostou do veto do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) sobre a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas com em situação de rua. A iniciativa fazia parte do do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), sancionada por ele mais com veto sobre a medida. A sanção foi publicada na edição desta quinta-feira (7) do Diário Oficial da União.
"23 entre 100 meninas não possuem condições financeiras para comprar absorvente. A pobreza menstrual é real, é cruel! É triste que ainda em 2021 tenhamos que lutar por igualdade até em higiene pessoal", escreveu.
Nesta sexta-feira (08), o assunto também foi tratado pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) que anunciou que está encaminhando para o crivo dos vereadores um Projeto de Lei de iniciativa do executivo municipal que garante a distribuição do kit higiene. A ação do executivo não passou despercebida por ela.
"Quero parabenizar o posicionamento sério da gestão do prefeito @hildonchaves_ que está encaminhando dois projetos de lei para a Câmara de Vereadores, o primeiro visando a distribuição de absorventes higiênicos para mulheres e o segundo para atender as mulheres e adolescentes de baixa renda do ambiente escolar, evitando assim, o afastamento", escreveu.
Comentando sobre o assunto, Ieda ressalta que "a pobreza menstrual é uma realidade e afasta muitas adolescentes de baixa renda do ambiente escolar, comprometendo seus estudos. Diante da realidade precária que estamos vivendo, com famílias passando necessidades, os itens de higiene acabam se tornando luxo".
Segundo dados repercutidos por ela, "desde 2014, a Organização das Nações Unidas considera o acesso à higiene menstrual um direito que precisa ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos". "Precisamos dessas políticas humanas, visando o bem estar social, atendendo nossas mulheres e adolescentes em situação vulnerável, me orgulha fazer parte dessa gestão", concluiu.