A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, que a taxa básica de juros é a principal responsável pela elevação da dívida pública brasileira. Para a ministra, o atual patamar da Selic, fixado em 15 por cento ao ano, consome recursos que deveriam ser destinados a serviços públicos e infraestrutura.
Em publicação nas redes sociais, Gleisi contestou análises que apontam as despesas do governo como causa do endividamento. Segundo ela, os juros estão dez pontos percentuais acima da inflação, o que encarece o crédito e limita o desenvolvimento econômico. A ministra defende que o custo da dívida impede a ampliação de programas sociais e investimentos estratégicos.
O Orçamento de 2026, aprovado recentemente pelo Congresso Nacional, prevê despesas de 6,5 trilhões de reais. Desse montante, cerca de 1,82 trilhão de reais, o equivalente a 28 por cento do total, será destinado exclusivamente ao pagamento de juros. O cenário de juros altos persiste após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa inalterada pela quarta vez consecutiva.
Enquanto o governo critica o patamar da Selic, o mercado financeiro reduziu a projeção da inflação para este ano de 4,36 por cento para 4,33 por cento, conforme o boletim Focus. O índice permanece dentro do limite de tolerância da meta estabelecida. A expectativa de analistas é que os juros comecem a cair gradualmente apenas ao longo de 2026, chegando a 12,25 por cento ao final do próximo ano.











































