O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira, 18 de dezembro, que os Correios passarão por uma reestruturação profunda para reverter as atuais dificuldades financeiras. Em coletiva no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo descartou qualquer possibilidade de privatização da estatal enquanto durar o seu mandato.
Lula defendeu a criação de parcerias e a possibilidade de transformar a empresa em uma sociedade de economia mista. Segundo o presidente, companhias italianas e brasileiras já demonstraram interesse em colaborar com a modernização da estatal, que sofre com o que ele classificou como gestão equivocada de governos anteriores.
Para sanear as contas, os Correios negociam um empréstimo de 20 bilhões de reais com bancos, além de auxílio do Tesouro Nacional que pode chegar a 6 bilhões de reais. O Ministério da Fazenda informou que qualquer aporte financeiro estará rigorosamente condicionado ao sucesso do plano de reestruturação operacional e administrativa.
O novo presidente da estatal, Emmanoel Rondon, aponta que a concorrência no comércio eletrônico é um dos principais desafios para as contas negativas. Além disso, o governo federal editou um decreto que permite a reorganização de estatais em crise sem que elas se tornem imediatamente dependentes de recursos diretos da União.
Lula ressaltou que, embora uma empresa pública não precise priorizar o lucro excessivo, ela tem o dever de manter o equilíbrio financeiro. O presidente assegurou que medidas drásticas, incluindo mudanças em cargos de gestão, serão tomadas para garantir que os Correios voltem a ser produtivos para o país.









































