O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, nesta quinta-feira, 18 de dezembro, preocupação com a presença de tropas norte-americanas no Mar do Caribe. Em café da manhã com jornalistas em Brasília, Lula confirmou que pretende conversar novamente com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, antes do Natal, visando mediar o impasse com a Venezuela.
Lula revelou que já manteve contatos recentes tanto com Trump quanto com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O mandatário brasileiro ofereceu o Brasil como facilitador de um acordo que evite uma invasão militar, destacando que um confronto armado na fronteira brasileira traria prejuízos diretos ao país.
Sobre as motivações de Washington, Lula questionou se existem interesses econômicos ocultos além da pressão política sobre o governo de Maduro. O presidente reforçou que a negociação diplomática é sempre superior à guerra e que o Brasil tem interesse estratégico em manter a paz em seu entorno geográfico.
O presidente também abordou as tensões comerciais com os EUA, especificamente a tarifa de 40% que ainda atinge parte das exportações brasileiras. Lula afirmou que respeita a soberania norte-americana para taxar produtos, mas segue cobrando pessoalmente a revisão das medidas que considera injustas para a indústria nacional.
A estratégia brasileira de negociação está sendo conduzida pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira. Lula assegurou que mantém uma rotina de mensagens quinzenais a Trump para garantir que as demandas comerciais e diplomáticas do Brasil não sejam esquecidas pela Casa Branca.









































