A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, que seu cliente tenha atuado com o objetivo de barrar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições de 2022. Silvinei Vasques é réu no Núcleo 2 da ação penal da chamada trama golpista, cujo julgamento ocorre na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Acusação da PGR e a ‘tempestade midiática’
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Silvinei Vasques teria emitido ordens ilegais aos policiais da PRF. Tais ordens visavam a realização de blitzes para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições, especialmente em regiões onde o atual presidente teria maior preferência.
Durante a sessão do STF, o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão, responsável pela defesa de Silvinei Vasques, negou as acusações. O defensor argumentou que o ex-diretor da PRF foi alvo de uma “tempestade midiática” e de uma campanha de notícias falsas disseminadas nas redes sociais. “No dia das eleições, vários vídeos circularam dando o tom de que o meu cliente estava tentando empecer o voto popular naqueles locais onde o atual presidente teria a preferência dos eleitores”, afirmou Simão.
Julgamento do Núcleo 2 será retomado na próxima semana
Após a sustentação oral da defesa de Silvinei Vasques, o julgamento do Núcleo 2 da ação penal foi suspenso. A sessão será retomada na próxima terça-feira, 16 de dezembro, quando os ministros do STF iniciarão a votação para decidir se os réus serão condenados ou absolvidos.
O Núcleo 2 da ação envolve, além de Silvinei Vasques, outros seis réus. Entre eles estão Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro. Os réus são acusados de crimes graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.












































