A Justiça peruana condenou o ex-presidente de esquerda Pedro Castillo a 11 anos e meio de prisão nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, em Lima. O ex-chefe de Estado foi julgado pelos crimes de rebelião e conspiração. A condenação é resultado de sua tentativa fracassada de dissolver o Congresso e assumir amplos poderes no final de 2022.
A sentença contra Castillo ocorre um dia após o também ex-presidente Martín Vizcarra ser enviado à prisão por aceitar subornos. Pedro Castillo, que está em prisão preventiva, foi destituído após a tentativa de fechar o Legislativo, um movimento que gerou protestos violentos, principalmente nas regiões pobres, e deixou dezenas de mortos.
Julgamento e Outras Condenações
O ex-presidente Pedro Castillo, de 56 anos, rejeitou a acusação de rebelião na semana passada. Em sua argumentação final, ele alegou ter apenas lido “um documento sem nenhuma consequência” quando anunciou o fechamento do Congresso, medida que não foi apoiada pelas forças de segurança. A promotoria havia solicitado uma pena de 34 anos de reclusão para o ex-presidente.
O julgamento contra Castillo e seus colaboradores começou em março. A ex-primeira-ministra Betssy Chávez, atualmente asilada na embaixada mexicana em Lima, também foi condenada a 11 anos e meio de prisão. O então ministro do Interior, Willy Huerta, recebeu a mesma pena, enquanto o assessor Anibal Torres foi condenado a seis anos e oito meses.
A sentença afirma que os réus fizeram um acordo para atacar a ordem constitucional e se organizaram para materializar a mensagem de Castillo. O ex-presidente cumprirá pena na mesma prisão que abrigou outros ex-líderes do Peru condenados por corrupção. O país teve seis presidentes desde 2018, em meio a constantes crises políticas e escândalos.











































