A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada neste sábado (22) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), gerou reações polarizadas entre os parlamentares do Congresso Nacional. O ministro Alexandre de Moraes baseou sua decisão na necessidade de garantir a ordem pública e assegurar o andamento do processo.
Moraes afirmou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente foi violada na madrugada. Além disso, citou a convocação de uma vigília próxima à sua residência, que poderia causar tumulto e facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”.
Reações do Governo
O líder do PT na Câmara, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), considerou que a decisão se baseou na necessidade de garantir a ordem pública. Ele argumentou que Bolsonaro, mesmo em prisão domiciliar, seguia atuando politicamente para tensionar o ambiente.
“A vigília convocada por Flávio Bolsonaro para esta noite, que transformou o processo criminal em ato político, pesou diretamente na decisão”, escreveu Lindbergh, citando que a mobilização criava clima de intimidação ao STF.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o país vive um momento histórico. “A decisão foi tomada com base na garantia da ordem pública e determina que ele permaneça detido enquanto avançam as investigações. Quem atacou a democracia vai pagar por isso!”.
Reações da Oposição
A oposição reagiu de forma incisiva, classificando a prisão como injusta. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), considerou a prisão uma “aberração”.
“Prender o presidente Jair Bolsonaro, que já cumpria domiciliar há mais de 100 dias, está debilitado e sequer é acusado formalmente é uma aberração. O crime é impossível. A injustiça, real”, escreveu Marinho.
O ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) descreveu a prisão como uma perseguição. “O Presidente Jair Bolsonaro não constitui uma ameaça à ordem pública e sua transferência para a PF mostra claramente que o arbítrio e a perseguição não têm fim”, declarou.
A Polícia Federal (PF) informou que cumpriu o mandado de prisão preventiva. Moraes determinou que a audiência de custódia seja realizada por videoconferência neste domingo (23) e que seja disponibilizado atendimento médico em tempo integral ao réu.











































