A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (10 de novembro de 2025), durante evento na COP30 em Belém, que é crucial combater a fome, a pobreza e a crise climática de forma integrada.
Marina Silva utilizou como premissa a ocorrência de fenômenos extremos recentes, como o tornado que atingiu o Paraná na última sexta-feira (7), para ressaltar a conexão entre crise climática e vulnerabilidade social.
“As pessoas perdem seus sistemas alimentares, locais de trabalho, quando tem uma enchente, quando tem um tufão ou um furacão, agravado pela mudança do clima, como aconteceu agora no Paraná, onde uma cidade inteira foi arrasada com perdas de vida. Elas ficam mais vulneráveis”, apontou a ministra.
Para Marina Silva, pensar o enfrentamento da desigualdade em paralelo ao enfrentamento da mudança do clima é “o único caminho para lidar com os dois problemas com eficiência”.
Fortalecimento das Redes de Proteção
O evento também contou com a participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Ele destacou a importância de fortalecer as redes de proteção social para respostas às emergências climáticas.
Dias reforçou o papel essencial de diferentes grupos no cuidado com a terra e na segurança alimentar: “Não há segurança alimentar nem resiliência climática sem aqueles que cuidam da terra, das águas e das sementes, da produção. A agricultura familiar fornece a maior parte dos nossos alimentos”. Ele acrescentou que os povos tradicionais agem como guardiões de técnicas de plantio e da diversidade genética.
A Declaração de Belém
As discussões brasileiras foram elogiadas pela ministra da Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha, Reem Alabali Radovan. No último dia 7 de novembro, 43 países e a União Europeia aprovaram a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas, uma iniciativa brasileira.
A ministra alemã classificou a declaração como um “passo pioneiro na articulação entre ação climática, proteção social e segurança alimentar”, reconhecendo que a proteção do planeta e a proteção das pessoas devem caminhar juntas.









































