O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de lideranças globais para resolver os principais problemas do mundo. Em discurso realizado em Kuala Lumpur, na Malásia, na madrugada de 25 de outubro de 2025, ele associou as guerras e os desastres ambientais à ausência de governança global.
“Na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer”, avaliou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No evento ao lado do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, Lula condenou a guerra entre Ucrânia e Rússia e o conflito no Oriente Médio, que ele voltou a classificar como genocídio contra a Palestina.
Crise da governança global
Lula argumentou que esses conflitos e a falta de responsabilidade com o meio ambiente ocorrem porque as instituições multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), não funcionam mais.
“Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e a ONU não funcionam mais. Todas as guerras nos últimos tempos foram determinadas por gente que faz parte do Conselho de Segurança da ONU”, lamentou o presidente.
Ele também condenou o uso da fome como forma de tortura em Gaza, classificando-o como uma violência que “não estamos sendo seres humanos” ao aceitar como normal.
Parceria e propósito
O presidente defendeu o papel do Estado no auxílio aos mais pobres e o humanismo contra os algoritmos. “Quero dizer ao mundo que precisamos de mais comida e menos armas. Esse é o objetivo da minha visita à Malásia,” destacou Lula.
Ele também celebrou a parceria com a Malásia, citando o movimento comercial de US$ 5,8 bilhões por ano. Lula afirmou que a relação “muda de patamar” e vai além do interesse comercial, focando em cooperação em ciência e tecnologia.
O primeiro-ministro Anwar Ibrahim, que destacou a liderança de Lula, se reuniu com o presidente antes de uma cerimônia onde Lula recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Nacional da Malásia.









































