O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria. A decisão foi confirmada por aliados próximos ao presidente e deve ser oficializada nos próximos dias.
Messias, de 45 anos, é procurador da Fazenda Nacional desde 2007 e atua como advogado-geral da União desde janeiro de 2023, quando Lula iniciou seu terceiro mandato. Antes disso, ocupou cargos estratégicos no governo Dilma Rousseff, entre eles a função de subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência.
A escolha de Messias surpreendeu parte da classe política e jurídica. Nos bastidores, outros nomes eram apontados como favoritos, como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e juristas com trajetória mais consolidada no Judiciário. A indicação de Messias, no entanto, reflete a relação de confiança construída com Lula ao longo dos anos.
Apesar da confirmação política, o próprio Messias negou publicamente que tenha sido convidado. “Não fui convidado para nada. Isso não passa de especulação”, afirmou. Mesmo assim, fontes do Planalto indicam que o anúncio oficial é questão de tempo.
Após a formalização da indicação, Jorge Messias será submetido à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Em seguida, seu nome será apreciado em votação no plenário da Casa. A aprovação depende de maioria simples dos senadores presentes.
Nos bastidores do STF, a escolha também gerou reações. Alguns ministros demonstraram insatisfação com a exclusão de nomes alternativos defendidos por setores da Corte. Ainda assim, a expectativa é de que Messias, por sua experiência jurídica e alinhamento político com o governo, tenha caminho favorável no Senado.
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