A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (8) a Medida Provisória 1303/2025, que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como forma de garantir a meta fiscal de 2026. Apesar de aprovada na comissão mista, a proposta sequer chegou a ser votada no mérito: com menos de 24 horas de validade, foi retirada de pauta após requerimento do deputado Kim Kataguiri (União-SP).
A medida sugeria a elevação de tributos em setores estratégicos, como o bancário, o agronegócio e as casas de apostas, com expectativa de arrecadar cerca de R$ 35 bilhões. Sem esse recurso, o governo estuda cortes de gastos que podem atingir até emendas parlamentares. A questão também é analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Advocacia-Geral da União questiona a constitucionalidade da decisão que derrubou o aumento do IOF.
A bancada de Rondônia votou de forma unânime pela rejeição da medida. Entre os parlamentares que se posicionaram contra, estão Cel. Chrisóstomo (PL), Cristiane Lopes (União), Dr. Fernando Máximo (União), Lúcio Mosquini (MDB), Maurício Carvalho (União), Rafael Fera (Podemos), Silvia Cristina (PP) e Thiago Flores (Republicanos).
O resultado apertado, 251 votos a favor da retirada de pauta contra 193 contrários, aconteceu em meio a uma crise política entre o Planalto e parte da base aliada, especialmente a federação União-PP, que orientou seus deputados pela derrubada da medida pouco antes da votação.