O ministro Edson Fachin tomou posse nesta segunda-feira (29) de setembro de 2025 como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu discurso, em Brasília, Fachin garantiu que sua gestão será pautada pelo diálogo institucional com os demais Poderes e pela inegociável defesa dos direitos humanos. O ministro comandará o Poder Judiciário pelos próximos dois anos.
Fachin destacou a necessidade de as pessoas confiarem no sistema de justiça e reafirmou o compromisso da Corte com a Constituição. “Nosso compromisso é com a Constituição. Ao Direito, o que é do Direito. À política, o que é da política”, pontuou.
Defesa de vulneráveis e combate à corrupção
O novo presidente do STF fez questão de enfatizar que grupos vulneráveis terão voz na Corte. “Grupos vulneráveis não podem ser ignorados. A escuta é um dever da Justiça”, afirmou.
No mesmo tema, Fachin ressaltou que o STF trabalhará para garantir a proteção constitucional às comunidades indígenas. Segundo ele, o Tribunal estará atento para que a Constituição seja efetivada, assegurando o respeito integral às culturas, línguas e crenças desses povos.
Sobre o tema das investigações de corrupção, Edson Fachin assegurou que a resposta da Corte continuará firme. “Ninguém está acima das instituições, elas são imprescindíveis e somos melhores com elas”, concluiu.
Pautas e perfis da nova direção
A primeira sessão sob o comando de Edson Fachin será realizada nesta quarta-feira (1º). A Corte iniciará o julgamento sobre o vínculo empregatício de motoristas e entregadores de aplicativos, a chamada “uberização”, um tema de grande impacto social.
Fachin foi indicado ao Supremo pela ex-presidente Dilma Rousseff e tomou posse em junho de 2015. Sua trajetória na Corte inclui a relatoria de grandes processos, como as investigações da Operação Lava Jato, o caso do marco temporal para demarcações de terras indígenas e a ADPF das Favelas.
O cargo de vice-presidente do STF será exercido pelo ministro Alexandre de Moraes, que também tomou posse na mesma cerimônia. Moraes é o relator das ações penais da trama golpista e foi empossado na Corte em 2017.