Em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organizações das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a soberania e a democracia do Brasil são “inegociáveis”. Ele criticou as “medidas unilaterais e arbitrárias” contra as instituições e a economia do país, referindo-se às sanções impostas pelos Estados Unidos.
Lula ressaltou que a agressão ao Poder Judiciário é inaceitável e acusou a “extrema direita subserviente” de arquitetar ações contra o Brasil. “Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil”, declarou.
Condenação histórica e crítica à impunidade
O presidente mencionou, pela primeira vez na história, um ex-chefe de Estado brasileiro condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Ele se referia à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, que teve amplo direito de defesa. Para Lula, o julgamento demonstra que “não há pacificação com impunidade”.
Lula também citou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e tem atuado para que o governo de Donald Trump imponha medidas de retaliação ao Brasil. O deputado foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação e indiciado pela Polícia Federal.